POLÍCIA

Cacique tinha mala recheada com notas de R$ 50 em SW4

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Durante cumprimento de mandado de busca e apreensão, a Polícia Federal apreendeu uma caminhonete Toyota SW4, de propriedade do cacique Xavante que recebia repasses cerca de R$ 900 mil por mês para facilitar arrendamentos no interior da terra indígena Xavante Marãiwatsédé. No veículo havia uma mala cheia de notas de R$ 50, equivalente a R$ 13,600 mil.

 

 

A apreensão foi durante a Operação Res Capta, deflagrada na manhã desta quinta-feira (17), com o objetivo de desarticular esquema de corrupção que envolvia fazendeiros, liderança indígena e servidores da FUNAI, todos envolvidos no arrendamento ilegal para desenvolvimento de pecuária.

 

 

Conforme a PF, o cacique relatou que a caminhonete foi um presente recebido de um fazendeiro, para que o cacique liberasse a exploração nas terras indígenas.

 

 

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Exames periciais apontaram extenso dano ambiental provocado por queimadas para formação de pastagem, desmatamento e implantação de estruturas voltadas à atividade agropecuária.

 

 

Apenas em quatro dos quinze arrendamentos ilícitos, os Peritos Criminais Federais estimaram o valor para reparação do dano ambiental em mais de R$ 58 milhões.

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Operação RES CAPTA

 

 

Mais de cinquenta policiais federais participaram da ação para cumprimento três mandados de prisão, sete mandados de busca e apreensão e sequestro de bens, duas ordens judiciais de afastamento de cargo público, duas ordens judiciais de restrição ao porte de arma de fogo e outras quinze medidas cautelares diversas da prisão nas cidades de Ribeirão Cascalheira e Barra do Garças.

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Em razão de pedido da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, a Justiça Federal em Barra do Garças ainda consignou que os fazendeiros que estão arrendando terras no Interior da Reserva Indígena Marãiwatsédé devem desocupar a área e retirar de lá todo o gado, estimado em aproximadamente 70 mil cabeças, no prazo de 45 dias, sob pena de prisão.

 

 

Caso descumprida a ordem judicial, poderá ser decretada a prisão dos arrendatários – já qualificados – assim como determinado o sequestro de todo gado inserido na Reserva Indígena.

 

 

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A tradução literal da palavra em latim Res Capta é coisa tomada, que é justamente o que ocorreu no passado e está ocorrendo atualmente com a Terra Indígena Marãiwatsédé.

 

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