Condomínio registra 10 mortes de animais por envenenamento

Ao HNT/HiperNotícias, o presidente da associação de moradores do residencial, Alexandro Alves de Souza, contou que a recomendação feita é que os moradores formalizem as mortes dos animais, a fim de que os casos possam ser investigados pela Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema).

“Com a autópsia dos animais, os moradores podem prestar o boletim de ocorrências e formalizar os requerimentos na Dema, porque daí a pessoa, ou as pessoas que estão fazendo isso, serão presas”, disparou o síndico.

À reportagem, ele disse que um morador já foi notificado por ter colocado uma vasilha com veneno embaixo de um carro, o que poderia facilitar o envenenamento dos animais. Sem câmeras de segurança, o residencial conta apenas com o relato dos moradores que perderam seus bichos de estimação.

“Não consigo voltar para casa”

Após uma história de cinco anos com os cães Max Júnior, da raça Golden Retrivier, e Latto, mestiço de pit bull com vira-lata, a família da veterinária Karoline Flores Mendes, 38 anos, teve de se despedir forçadamente dos animais que foram envenenados.

Estimado em R$ 1.800 pelo valor de mercado, Júnior era o cachorro mais velho da casa e sua morte, em conjunto com a de Latto, abalou a dinâmica da família a que pertenciam. “O prejuízo financeiro nem é o que mais me afeta, é o emocional mesmo. Eu não consigo mais voltar para casa, estou ficando na minha mãe”, disse a veterinária à reportagem.

Karoline Flores contou que prestou boletim de ocorrências sobre o caso quando os animais morreram, no dia 18 deste mês. A veterinária explicou também sobre a necessidade de cuidado estendido com a segurança dos cães.

“Eles ficavam somente no meu terreno. Nunca saiam para a área do condomínio, por isso acredito que não tinha motivo nenhum para que eles fossem mortos. Nem sei o que pensar ainda do que aconteceu”, lamentou a veterinária.

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Às pessoas que passarem por situações semelhantes, Karoline aconselha sobre quais são os procedimentos legais a serem adotados. Em um primeiro momento deve ser realizada a comunicação com a polícia sobre o crime, por meio da confecção de boletim de ocorrências.

Após a formalização com os militares, o caso deve ser levado à Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema), onde a queixa é registrada como maus tratos aos animais. Em Cuiabá, o prédio da Dema está localizado no Centro Político Administrativo (CPA). A população também pode entrar em contato com a delegacia por meio do telefone (65) 3645-4902.

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