POLÍCIA

CONFRONTO COM BANDIDOS: “Prefiro velório de traficante do que de policial”, diz Bustamante

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O secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, negou haver excessos nas ações das forças policiais do Estado em confronto com suspeitos de crime. Ele afirmou que os conflitos são exceção, mas quando acontecem, policiais precisam se sobressair. 

 

 

Segundo o Anuário de Segurança Pública, mortes por policiais cresceram 85,7% no Estado, em comparação com o mesmo período do ano passado. Nesta semana, mais quatro suspeitos morreram em confronto com a Força Tática.

 

 

Em conversa , ele atribuiu o aumento ao bom treinamento dos agentes e afirmou que sem confrontos, crime pode piorar no Estado. 

 

 

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O secretário disse, ainda, que a ressocialização dos presos é fundamental para a sociedade, mas argumentou que ainda não estamos preparados para reinseri-los no mercado de trabalho. 

 

 

Ele também foi questionado sobre o aumento nos casos de feminicídio em Mato Grosso, que quase duplicaram, conforme o anuário. Bustamante alegou que o contexto da pandemia é o principal fator para o crescimento e disse que só será possível fazer uma comparação mais justa em um ano menos atípico. 

 

 

Confira os prinicpais trechos da entrevista:

 

 

Reporter – Sentiu muita diferença nos trabalhos do ano passado para este ano, com a pandemia?

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Alexandre Bustamante – Não. O novo normal impõe coisas novas, necessárias e importantes, até para a gente sobreviver. O mundo está diferente. Mas na nossa segurança pública, muito pouco mudou. A polícia está na rua investigando normalmente, o bombeiro está apagando o fogo e salvando vidas e a Politec continua fazendo as perícias.

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Inclusive, nós tivemos aumento das nossas atividades esse ano. O impacto mesmo foi na quantidade de pessoas com licença médica e que foram a óbito. Mas, no geral, nossa atividade está normal e cada vez mais intensa. 

 

 

Reporter – número de mortes em intervenções policiais aumentou 85,7% no primeiro semestre na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o Anuário de Segurança Pública. Não acha que pode estar havendo exagero nas intervenções? A que se deve esse aumento?

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Alexandre Bustamante – A gente tem que olhar para todos os fatores que influenciam isso. Quando eu falo que o Grupo Especial de Fronteira (Gefron) fez apreensão de 14 toneladas de drogas, quando eu falo que o Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) apreendeu seis aeronaves, quando eu falo que a gente está enfrentando mais de cinco anos sem assalto a bancos, quando eu falo que no estado de Mato Grosso a corrupção tem diminuído, tudo isso é um trabalho forte da Segurança Pública. Quando a gente faz intervenção na Penitenciária Central do Estado (PCE), separando lideranças, a gente mostra que a gente tem força dentro dos presídios. Quando a gente faz todo esse trabalho, a gente percebe que o crime organizado tem perdido espaço. 

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E é aquele ditado: “Uma onça acuada fica mais violenta”. É a mesma coisa com o crime organizado. O crime organizado está passando por um período em Mato Grosso de necessidade de reação à ação da polícia.

 

 

A polícia do Estado de Mato Grosso entende que eles têm que fazer a defesa de si próprios. Quando há confrontos entre bandidos e policiais, eu prefiro preservar a vida do policial que protege a sociedade. Eu prefiro velório de um traficante do que velório de um policial.

 

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Quando a gente fala em confronto, a gente tem que entender que não é um atirando no outro, mas um revidando a atividade do outro. Quando a polícia chega em uma atividade dessas, ela nunca atira primeiro. Se ela atira primeiro, ela erra e precisa responder na Justiça por isso. Mas se o bandido atirar na polícia, muito provavelmente ele vai morrer. Se não tomar cuidado, a polícia sempre vai ganhar do bandido. Estamos muito bem preparados e armados com equipamentos de qualidade. Então nestes confrontos, os bandidos têm levado a pior. 

Fonte: Mídia News

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