POLÍCIA

Coronel fica em silêncio ao chegar a MT e pede redução da prisão temporária

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O coronel aposentado do Exército Brasileiro em Minas Gerais, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, chegou no início da tarde desta quarta-feira (17) em Cuiabá. Ele foi preso preventivamente por suspeita de financiar o homicídio do advogado Roberto Zampieri, de 57 anos, no início de dezembro de 2023 na capital.

 

Caçadini chegou de boné e camiseta no aeroporto internacional Marechal Rondon sob forte esquema de segurança e ficou em silêncio. A defesa do coronel de 67 anos, que estava sem algemas, já solicitou a Justiça que a prisão temporária de 30 dias fosse reduzida para cinco.

 

O juiz João Bosco Soares negou o pedido. Em entrevista coletiva realizada nesta quarta o delegado Marcel Gomes de Oliveira, da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa de Cuiabá (DHPP), informou que Caçadini recebeu em seu escritório os pistoleiros para solicitar o serviço e providenciar o pagamento pela execução do advogado. O militar teria pago R$ 20 mil ao pistoleiro, sendo que outros R$ 20 mil não chegaram a serem repassados pela empreitada.

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Já em Cuiabá, estão presos Hedilerson Fialho Martins Barbosa, apontado como intermediário, Antônio Gomes da Silva, o executor, e a empresária Maria Angélica, a possível mandante. Os investigados tiveram os mandados de prisão cumpridos em duas cidades de Minas Gerais e foram transportados em aeronaves do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).

 

“Tem dois pistoleiros diretamente relacionados à execução de Roberto Zampieri, que são Antônio e Hedilerson Barbosa. Esses dois estão diretamente envolvidos no homicídio. Há uma pessoa que contrata esses dois pistoleiros. Essa pessoa que contrata esses dois pistoleiros a pedido de um terceiro é justamente o Coronel Etevaldo Luiz Caçadini, que recebe os pistoleiros em seu escritório para pagar pelo serviço e pela execução”, informou o delegado.

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A ligação do coronel com a suposta mandante ainda está sendo investigada. A mulher apontada nas investigações da DHPP como a mandante do homicídio foi presa na cidade de Patos de Minas, no sudeste mineiro, no dia 20 de dezembro, por uma equipe da Polícia Civil de Mato Grosso, com apoio da delegacia do município. Encaminhada à delegacia de Patos de Minas, ela foi interrogada pelo delegado Caio Fernando Albuquerque e negou que tivesse encomendado o assassinato do advogado.

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Já o executor do crime foi preso, na mesma data, na cidade de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte, e encaminhado à capital, onde foi interrogado pelo delegado Edison Pick, da DHPP de Cuiabá. Roberto Zampieri tinha 56 anos e foi assassinado na noite do dia 5 de dezembro, na frente de seu escritório localizado no bairro Bosque da Saúde, na Capital. A vítima estava dentro de uma picape Fiat Toro quando foi atingida pelo executor com diversos disparos de arma de fogo.

 

As prisões foram decretadas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca de Cuiabá, com base nas investigações conduzidas pela equipe da DHPP de Cuiabá e contaram com apoio da Polícia Civil de Minas Gerais.

 

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