POLÍCIA

Designer de moda é encontrada morta com saco na cabeça e mãos amarradas

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A Polícia Civil do Rio investiga a morte de Thalissa Nunes Dourado, de 27 anos, em Paraty, na Costa Verde do Rio, na última sexta-feira (5). A designer de moda foi encontrada sem vida dentro de seu quarto, na casa onde morava com uma amiga, no bairro Caborê. Ela tinha a cabeça coberta por um saco plástico e as mãos amarradas. De acordo com o delegado Marcelo Haddad, titular da 167ª DP (Paraty), já foram identificados suspeitos do crime. A polícia suspeita que a vítima foi morta por asfixia, mas aguarda o resultado do laudo da necropsia.

 

No dia do crime, uma perícia foi realizada no local e o corpo da vítima foi submetido a exame de necropsia. A polícia colheu imagens de câmeras de segurança da região e ouviu depoimentos de amigos e parentes da jovem.

 

— As imagens já foram analisadas e trouxeram elementos importantes para a investigação. Ouvimos familiares e amigos da vítima, inclusive pessoas que estiveram com ela nos últimos momentos, que estiveram com ela de madrugada — diz o delegado Marcelo Haddad, titular da 167ª DP.

 

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De acordo com o depoimento da amiga que dividia a casa com Thalissa, na noite anterior ao crime a vítima havia ido para um bar e teria chegado bêbada em casa, acompanhada por um casal de amigos. Ela contou que ouviu Thalissa subir sozinha para o quarto e não escutou nenhum barulho diferente. Ao acordar por volta das 5h, a amiga saiu de casa e somente ao voltar, às 11h50, percebeu que Thalissa se atrasaria para o trabalho, então decidiu acordá-la. Ao abrir a porta, encontrou a amiga já sem vida. Desesperada, ela ligou para outra amiga, que chamou o Samu e a polícia.

 

Segundo o delegado, amigos chegaram a desconfiar de suicídio, pois Thalissa sofria de quadro depressivo. No entanto, as provas colhidas apontaram para um crime.

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— Os elementos que colhemos apontam de forma muito contundente para um homicídio. Não há mais dúvidas quanto a isso. Já temos suspeitos do crime que estão sendo investigados. Estamos prestes a concluir essa investigação — afirma Haddad.

Entre ateliê e sala de aula

 

Thalissa se formou em design de moda no Istituto Europeo di Design (IED), em São Paulo. Em um vídeo do IED divulgado em 2014 no Youtube, quando ela ainda estava no 5º semestre da faculdade, ela apresentou uma proposta inovadora de tecido impresso e moldado em 3D.

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Recentemente, a designer havia aberto um ateliê em Paraty, batizado de Alba, no qual produzia peças de vestuário. O perfil do ateliê no Instagram traz roupas tingidas e pintadas à mão, sempre com temas relacionados à natureza. “Ter conseguido dar a luz à @alba.ffffff, seguindo todos os propósitos que eu acredito dentro de um mundo mais consciente, continua sendo um aprendizado e evolução diários”, escreveu Thalissa em uma publicação no Instagram feita no último dia 26 de agosto, quando ela completou 27 anos.

 

A jovem também atuava como professora na escola de idiomas Knn Idiomas Paraty. “Poder participar do processo de educação de uma pessoa é algo que ainda me emociona a cada lição que eu corrijo”, escreveu Thalissa em um post no Instagram. Por conta da morte de Thalissa, o estabelecimento suspendeu as aulas por dois dias.

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