“PARCIAL”

Familiares de vítimas atropeladas em frente à Valley pedem suspeição de juiz que “livrou” bióloga

Na peça, os advogados narram que o pai de Ramon, o procurador aposentado Mauro Viveiros foi o responsável por apurar denúncias contra o juiz em 2013

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Familiares dos jovens mortos em frente à boate Valley, em 2018, pediram a suspeição do juiz Wladymir Perri. O magistrado foi o responsável por desqualificar as imputações atribuídas à bióloga Rafaela Screnci, acusada de ter matado Ramon Viveiros e Mylena Inocêncio. A decisão, segundo a arguição de suspeição, seria parte de uma “revanche” do juiz contra o pai de uma das vítimas.

 

 

Na peça, os advogados narram que o pai de Ramon, o procurador aposentado Mauro Viveiros foi o responsável por apurar denúncias contra o juiz em 2013. À época titular do Tribunal de Júri em Rondonópolis, Wladymir Perri teve a imagem maculada pelo prejuízo à atuação do Ministério Público na época. Como corregedor-geral do MP, o trabalho de Mauro Viveiros contribuiu para a apresentação de uma queixa-crime contra o magistrado que acabou rejeitada pela Corte.

 

 

Segundo alegam os advogados, a história pregressa entre o procurador aposentado e o juiz gerou ressentimentos tais que, ao retornar para Cuiabá, Wladymir Perri abordou Mauro Viveiros em um shopping para intimidá-lo.

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“Agora, removido para a 12ª Vara da Capital, o excepto encontrou a oportunidade perfeita para “acertar as contas” com o excipiente, dando vazão ao seu abjeto sentimento de vingança!”, argumentam.

 

 

No dia 24 de outubro, Perri citou a contribuição das vítimas para desclassificar as acusações de homicídio e tentativa de homicídio que pesavam contra Rafaela Screnci. Ele considerou o crime como um acidente de trânsito comum, em que as mortes foram provocadas culposamente. A decisão também pautou pedido de outra ré no mesmo tipo de caso, a médica Letícia Bortolini, que conseguiu a desclassificação de suas imputações por força de determinação do mesmo magistrado.

 

 

Até o último mês, quem conduzia o caso Valley era o juiz Flávio Miraglia. Mauro Viveiros atua como assistente de acusação no processo.

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