TRAIÇÃO FATAL

Grávida conheceu marido no Insta e avisou para amante encerrar caso em MT

Bruna Felsk é acusada de matar pai e irmão da amante de seu marido, em momento de fúria

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Grávida de oito meses, a técnica em Segurança do Trabalho, Bruna Felsk, detalhou em depoimento à Polícia Civil como descobriu que o marido estava tendo um caso desde setembro de 2022, contou inclusive, que chegou a pedir para a suposta amante se afastar do marido, João Rodrigo Custódio, de 55 anos.

 

 

Bruna é acusada de atirar e matar Marcelo de Barros, de 37 anos, e o pai dele, Genuir de Barros, de 67, pai e irmão da suposta amante do marido, no último domingo (23), em Terra Nova do Norte (663 km de Cuiabá) após ir até a casa das vítimas tirar satisfações sobre o caso extraconjugal. Ela relata que conheceu o marido em fevereiro de 2021 através do Instagram e que, em maio do mesmo ano, passaram a morar juntos.

Ela já tem um filho de um relacionamento anterior e Rodrigo três. Por isso, o casal havia acordado não ter mais filhos, mas que em abril deste ano descobriu que estava grávida.

 

 

Segundo Bruna, ao contar para o marido, ele não parecia ter ficado feliz. E, desde então, o relacionamento entre os dois mudou.

 

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“Percebeu que Rodrigo ficou distante, não parecia feliz com a gravidez; que desde o ínicio a gravidez foi de risco; que a interrogada começou a vir para Colíder fazer pré-natal; que em julho chegou a conversar com Rodrigo, para saber se estava tudo bem e ele afirmou que não havia nenhum problema; que em setembro pegou conversas do WhatsApp do marido com Marcielle enquanto ele dormia; que salvou as conversas e mandou para seu telefone; que acordou Rodrigo e falou que sabia de tudo; que ele não negou e disse que não havia o que dizer, afinal já sábia de tudo”, relatou.

 

 

A gestante afirma que decidiu sair de casa após descobrir do caso e passou uns dias na casa da mãe, mas que ambos não haviam terminado o relacionamento, sendo que inclusive mantinha contato diariamente com o marido, e que por isso voltou para a casa do casal dias depois. Porém, segundo ela, dias depois, encontrou novas mensagens no celular do companheiro com a suposta amante.

 

 

“Que conversou com Rodrigo para se entender e resolver as coisas; que Rodrigo afirmava amar a interrogada, que não queria separar; que o casal decidiu passar uma borracha e seguir a vida; que conheceu Marciele porque o filho da interrogada estudava na mesma escola que a filha de Marciele; que as crianças estudavam juntos, na única escola da vila”, contou.

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De acordo com Bruna, Marciele sabia do casamento e que inclusive esperava um filho de Rodrigo. Por isso, em julho deste ano, a grávida conversou com a amante por meio do Instagram e, depois em setembro, acabaram discutindo.

 

 

Bruna diz que chegou a ligar para a mãe de Marciele contando sobre o caso da filha com o seu marido e pediu ajuda para que tirasse a filha da vida do marido, mas que a mulher não teria lhe dado atenção.

 

 

DIA DO CRIME

 

 

Em depoimento, Bruna alegou que estava “cega e desesperada” quando atirou e matou as vítimas. No dia do crime, a gestante relatou que por volta de 13h20 pediu dinheiro ao marido João Rodrigo Custódio, de 55 anos, para fazer a sobrancelha e tomar uma injeção.

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“Rodrigo falou para a interroganda pegar dinheiro em sua caminhonete; neste momento verificou que no console da caminhonete, entre os bancos, havia uma nota de R$ 200, e verificou que a arma de fogo de Rodrigo estava ali guardada”, disse em depoimento.

 

 

Em seguida, Bruna relata que saiu com a mãe na caminhonete e que a casa da suposta amante fica cerca de 600 metros da sua e que para ter acesso à cidade precisava passar pela frente, quando decidiu parar e conversar com o pai dela, Genuir de Barros. “Ao chegar no local, foi recebida pelo pai de Marciele; que se apresentou como esposa de Rodrigo; que o senhor disse saber quem era o esposo da interrogada; que então a interrogada relatou ao pai de Marciele sobre o caso de sua filha e seu esposo; que o pai de Marciele chamou sua esposa, que já chegou gritando, alterada; que Maria Talita xingava a interrogada de vários palavrões, como vagabunda”, conta.

 

 

Neste momento, a mulher conta que o marido chegou ao local e tentou colocá-la no carro, mas que quando estava indo em direção ao veículo viu que o irmão da suposta amante estava indo “para cima” de sua mãe. “Que xingava muito, chegou a bater a porta do carro na mãe da interrogada; Que o irmão de Marciele estava muito alterado; Que deu um soco no rosto da interrogada, a jogou ao chão”, revela.

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Bruna relata que estava assustada e que Marcelo tentou em determinado momento agredir o seu pai e que neste momento lembrou da arma na caminhonete do marido. “A interrogada assustada pegou a arma para defender o pai, pois a vítima estava tentando agredi-lo; que atirou contra a vitíma (irmão de Marciele) quando ele corria atrás do pai da interrogada (que neste momento o pai da interrogada estava com o facão na mão); que disparou sem direção certa; que anteriormente já tinha dado dois disparos de arma de fogo, quando Rodrigo lhe ensinou a manusear e disparar; quando atirou na primeira vitima o pai dele veio na direção da interrogada que com medo, atirou para se defender, defender sua familia; que atirou de frente na segunda vitima quando ele corria na sua direção; que após os disparos a arma caiu no chão”, afirma.

 

 

A suspeita ainda contou que em seguida Marciele passou a agredi-la, que veio a cair no chão e puxou seus cabelos. “A mãe de Marciele estava com um pedaço de madeira pronta para bater na mãe da interrogada; que apenas lembra neste momento de Marciele sobre a interrogando e sua mãe tentando tirar a mesma; que seu pai para conter Marciele bateu com o facão de prancha em sua bunda; que Marciele ainda tentou agredir a mãe da interrogada”, disse a mulher.

 

 

Ainda conforme o depoimento, a gestante relatou que enquanto fugia, descarregou a arma, tirou o pente, e enquanto seguia em direção a Colíder jogou “no primeiro rio que encontrou no caminho”. “Que a interrogada estava cega, desesperada; que após o ocorrido retornaram para Colíder e no dia seguinte a interrogada saiu de casa para sua segurança”, diz o documento.

 

 

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No interrogatório, Bruna comunicou que Rodrigo sempre andou armado, porém não tem porte. O delegado José Getúlio Daniel, que está à frente das investigações do duplo homicídio, informou que ainda deve ouvir mais duas testemunhas nesta terça-feira (25) e somente quando fechar as oitivas deve apresentar uma conclusão de inquérito, se pronunciando se irá pedir pela prisão preventiva da suspeita.

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Lucas do Rio Verde

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