Nesta manhã, o marido da brasileira, Vicente Barbera, já havia dito ao g1 ter sido informado sobre a prisão dos homens. O superintendente da Polícia Nacional indiana, Pitamber Singh Kherwar, confirmou a versão.
Nesta terça, a polícia indiana disse ter prendido todos os membros do grupo em entrevista coletiva sobre o caso, que gerou grande repercussão no país.
Kherwar disse ainda que os presos serão agora levados a julgamento. Os homens foram presos em Dumka e levados para a delegacia de Hansdiha, próxima ao acampamento onde o crime aconteceu. A identidade e a nacionalidade dos presos não haviam sido divulgadas até a última atualização desta reportagem.
Na Índia, quem comete o crime pode pegar pena de morte, instituída no país em 2012 para casos do tipo após um dos registros mais violentos e chocantes de estupro na Índia.
Naquele ano, uma jovem de 23 anos morreu após ser estuprada por seis homens que a atacaram em um ônibus em Nova Déli e chegaram a violar a menina com uma haste metálica.
Apesar da reforma e endurecimento da lei, casos de estupro ainda são frequentes na Índia. Em 2022, outro caso gerou grande repercussão dentro e fora do país: uma menina de apenas 13 anos foi estuprada por um policial de uma delegacia do estado de Uttar Pradesh para onde ela havia ido denunciar que havia sido vítima de outro estupro previamente.
O jornal “Times of Índia” relatou que uma outra turista foi estuprada na mesma localidade em que estava a brasileira Fernanda Santos menos de 24 horas depois de Santos ter sido estuprada.
Ainda assim, os casos registrados de estupro na Índia estão bem abaixo dos índices brasileiros: em 2022, o governo indiano registro cerca de 31.500 pessoas estupradas. Já no mesmo ano, o Brasil registrou 74.930 vítimas, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
O caso
Brasileira relata ter sido vítima de estupro coletivo na Índia
Fernanda e Vicente viajavam de moto até o Nepal, segundo a imprensa local, mas decidiram acampar em Dumka e foram atacados pelo grupo durante a noite.
Em um vídeo publicado no perfil, Vicente mostrou os ferimentos na cabeça e na boca.
“Fernanda está pior do que eu. Eles me bateram com o capacete várias vezes e com uma pedra na cabeça. Graças a Deus ela estava vestindo a jaqueta [de motociclista] e isso amorteceu um pouco dos golpes.”