POLÍCIA

Juiz mantém prisões de acusados de matar motorista de App

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O juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues marcou as audiências com as testemunhas dos cinco réus acusados pelo assassinato do motorista de aplicativo Anderson Marcelo Lopes Caldeira, 28 anos, ocorrido no dia 20 de março deste 2019, no bairro Serra Dourada em Várzea Grande. O magistrado também negou um pedido da defesa pela transferência da ação penal para a Comarca de Várzea Grande e o desentranhamento da ação que corre em específico contra um dos integrantes do bando, Ezequiel Felipe de Almeida Costa, preso depois cometendo outro crime.

No entendimento do juízo da Sétima Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, Jeferson Pereira de Jesus, 30 anos; Renato Marcelo da Silva, 23; Wallyson Henrique Campos, 19; Ezequiel Filipe de Almeida Costa, 18, Kewerson de Barros Figueiredo e Silvia Moreira Dutra, 45 anos, devem permanecer presos. Eles foram detidos um dia depois da execução, por agentes da DERF (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) dada a periculosidade.

Além dos citados, participaram de diversos crimes desse mesmo bando Brendon Kaike Vieira Dutra. Mesma situação de Ezequiel Felipe de Almeida Costa, apontado ainda como integrante do CVMT.

Quanto à manutenção da ação na Vara Especializada em Crime Organizado, atacada pela defesa, Tadeu Rodrigues fundamentou sua decisão no fato de que quatro homens e uma mulher se juntaram para cometer um crime e que, à luz do CPP (Código de Processo Penal), isso é uma organização criminosa constituída com esse objetivo específico — no caso, um latrocínio. Se eles o fizeram em Várzea Grande, mas a Vara Especializada para lidar com o caso fica em Cuiabá, isso importa somente à Constituição, que impõe a regra.

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Os homens cumprem as prisões preventivas na PCE (Penitenciaria Central do Estado). A suspeita mulher foi para a Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto. Todos passaram por uma audiência de custódia.

A decisão também determina que oito testemunhas de acusação comecem a ser ouvidas a partir das 14 horas do dia 03 de dezembro e o interrogatório de todos os acusados para o dia 13 do mesmo mês.

“Intimem-se e requisitem-se as testemunhas de acusação e de defesa, conforme o caso. Intimem-se, ainda, os acusados, Defesa e Ministério Público. Considerando que Ezequiel Felipe de Almeida Costa é pessoa estranha a estes autos e que sua prisão preventiva foi decretada na ação penal sob o código nº 572438, determino que seja desentranhado dos autos o pedido de revogação de prisão preventiva às fls. 208/217, assim como, do parecer ministerial de fls. 218, deveram ser juntado nos autos supramencionados. Considerando a informação que o acusado Kewerson Barros de Figueiredo encontra-se preso por outro processo, coloque-se a respectiva tarja nos autos”, encerrou a juíza Ana Cristina da Silva Mendes, juíza em substituição legal.

RELEMBRE O CASO

A Polícia Militar foi acionada por moradores do bairro Altos da Serra na noite do dia 20 de março. Eles afirmavam ter visto um Volkswagen Gol branco subindo em alta velocidade pela rua principal após um possível assalto. Momentos depois, acharam o corpo de Anderson jogado em uma mata com um tiro na cabeça. No carro, sangue e estilhaços de vidro.

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Na sequência, entraram em contato com o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que relatou não ter ambulância disponível. Diante da situação do motorista, os policiais levaram Anderson até o Pronto Socorro de Várzea Grande, passou por cirurgia de emergência e ficou na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

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Apontados como executores, Jeferson, Renato e Wallyson foram presos um dia depois, na uma quinta-feira. O delegado anotou o bando como suspeito de autoria de latrocínio consumado, integração de organização criminosa, roubo majorado por concurso de pessoas, emprego de arma de fogo, desobediência e resistência. Junto com o trio também foram capturados Ezequiel, por roubo majorado, e Silvia, apontada como integrante da organização e que também teria participado no planejamento do latrocínio.

Delegada titular da Derf de Várzea Grande e responsável pelas prisões, Elaine Fernandes disse na época que os três suspeitos são de altíssima periculosidade e agiriam sempre sob as ordens da facção. “Eles atuam na prática de roubos de veículos para encaminhar para a Bolívia a fim de trocar por drogas, ao passo que, nos últimos quinze dias, ocorreram inúmeros roubos de veículos neste município”, disse, há sete meses.

Folha Max

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