POLÍCIA

Justiça manda soltar rapaz que matou jornalista por dívida de drogas

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John Lennon da Silva, 21 anos, assassino confesso do jornalista Marcelo Ferraz Leite, 38, morto em outubro ano passado, teve o pedido de habeas corpus aceito pela justiça de Mato Grosso. A determinação da soltura foi concedida pelo juiz Flávio Miráglia, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, que cumpriu decisão da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

John foi preso no dia 1° de outubro de 2019, horas depois do corpo do jornalista ter sido encontrado na região do Bosque da Saúde, em Cuiabá.

Ao conceder o habeas corpus, o Judiciário determinou que o acusado cumpra algumas medidas cautelares. Por exemplo, o rapaz não poderá durante o tempo de tramitação do processo mudar de endereço sem autorização da justiça. Ele também está proibido de ir a bares ou boates, além de que, a cada 90 dias ter que se apresentar a justiça de Mato Grosso.

Na decisão em que determinou a soltura do acusado do assassinato do jornalista, os desembargadores que compõem a 1ª Câmara Criminal sustentaram que a prisão dele foi firmada através de “dados abstratos sobre a necessidade de proteção da sociedade de indivíduos perigosos” e “dar credibilidade à Justiça, em casos de crimes graves e que tragam grande repercussão social”, diz trecho do documento.

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Nesta mesma decisão, foram citadas jurisprudências de instâncias superiores que fundamentam a soltura do rapaz. “Recomenda a imposição de medidas alternativas à prisão, pelo Tribunal, que exerce o poder cautelar inerente à jurisdição sobre o fato, na condição revisional e de controle de legalidade, como forma de harmonizar ‘os direitos do paciente” lê-se em outra parte da decisão.

Motivo do assassinato

Em novembro, Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa desmentiu a versão apontada por John. Na época foi comprovado que Ferraz foi morto a pauladas num terreno baldio na região do bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. O homem desapareceu em 30 de setembro e seu corpo foi encontrado dois dias depois.

No dia em que foi preso, o acusado disse à polícia que a morte teria sido ocasionada por ciúmes, já que, segundo ele, teria visto sua namorada B.B.V., praticando sexo oral na vítima. Desde o início, a Polícia Civil não acreditou nesta versão, o que foi confirmado com depoimentos de testemunhas e outras diligências realizadas no decorrer da investigação.

Segundo o delegado Fausto Freitas, da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), a causa da morte do jornalista foi um desentendimento por conta do uso de drogas com o acusado. Segundo o delegado, Marcelo Ferraz e John Lennon usaram drogas juntos na noite do crime.

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Um “desacordo comercial” é apontado como o principal motivo do homicídio. “A motivação mais provável é que Marcelo estava sem dinheiro. O John usou droga com ele achando que ele iria teria mais dinheiro para comprar as substâncias. Ao perceber que ele não teria, houve um desentendimento entre eles e, após isso, a morte”, destacou o delegado.

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Jornalista é morto

O corpo do jornalista e escritor Marcelo Leite Ferraz, de 38 anos, que ficou desaparecido por dois dias foi encontrado no início da segunda-feira, no dia 30 de setembro passado, no bairro Jardim Aclimação, em Cuiabá.

Marcelo ficou desaparecido desde o sábado (28), quando saiu de casa em direção a região central de Cuiabá. Ele iria encontrar amigos na Praça da Mandioca.

Todavia, ele não chegou ao local. Desde então, a família vinha divulgando imagens dele nas redes sociais e registrou boletim de ocorrência.

A DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), assim que comunicada, iniciou as investigações, que chegou até o principal suspeito, John Lennon de 21 anos, que confessou a autoria do crime e foi preso.

Folha Max

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