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Mesmo morta por organização criminosa e sem receber votos, candidata a vereadora aparece como suplente

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A candidata a vereadora de Porto Esperidião (322 km de Cuiabá), Rayane Alves (Republicanos), que foi brutalmente torturada e assassinada junto com sua irmã no dia 14 de setembro, apareceu como suplente no sistema de resultados das eleições realizadas no domingo (6).

 

O fato chama a atenção, já que a jovem não recebeu nenhum voto. Rayane, de 25 anos, disputaria sua primeira eleição, mas teve sua vida interrompida por integrantes da organização criminosa, em um crime que chocou a cidade.

Ao Olhar Direto, o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) explicou que a morte de Rayane não foi comunicada oficialmente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que impediu a retirada de sua candidatura do sistema de apuração. Em situações semelhantes, candidaturas de pessoas falecidas antes da votação não aparecem nos resultados.

De acordo com dados do TSE, desde o início da campanha eleitoral, 143 candidatos faleceram por diversas causas. Até segunda-feira (7), o nome de Rayane ainda não constava na lista oficial de falecidos. Por isso, os cálculos do quociente eleitoral a colocaram como suplente na cidade.

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Relembre

Rayane e sua irmã, Rithiele Alves Porto, de 28 anos, foram torturadas e mortas na madrugada do dia 14 de setembro por membros de organização criminosa. O crime foi supostamente ordenado por um líder da organização, que está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.

A Polícia Civil indiciou 16 pessoas suspeitas de envolvimento no crime. A motivação do assassinato seria uma foto publicada nas redes sociais, onde as irmãs aparecem fazendo o símbolo do “rock” com as mãos, o que os criminosos interpretaram como uma referência ao uma organização rival.

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