POLÍCIA

MP defende manutenção de tornozeleira em advogada de F4cçã0

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O Ministério Público se manifestou contrário à retirada da tornozeleira etrônica da advogada Jessica Daiane Maróstica, que chegou a ser presa na Operação Gravatas, deflagrada pela Polícia Civil no dia 12 de março deste ano para desarticular uma organização criminosa composta por membros da facção, quatro advogados e um policial militar. O parecer foi assinado pelo procurador de Justiça, Hélio Fredolino Faust, no dia 27 de março, num habeas corpus impetrado pela defesa da justista.

Jessica é acusada de atuar junto à facção em Tapurah (389 km de Cuiabá). Além dela, também foram presos na operação os advogados Hingritty Borges Mingotti, Tallis de Lara Evangelista e Roberto Luís de Oliveira, que tiveram as prisões mantidas ao passagem por audiência de custódia presidida pelo juiz Anderson Clayton Dias Batista, da 5ª Vara Criminal de Sinop. Somente Jessica foi colocada em prisão domiciliar com uso de tornozeleira por ter um filho pequeno.

Conforme a defesa de Jessica, a prisão domiciliar com uso de tornozeleira não estaria fundamentada, e interfere significativamente na sua condição de mãe para cumprir a rotina escolar e consultas médicas do filho, menor de 12 anos. Alengou ainda que a manutenção do dispositivo de monitoramento seria desproporcional, já que Jessica tem predicados pessoais favoráveis.

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No entanto, o desembargador Helio Nishiyama negou o pedido de liminar e manteve a tornozeleira. Em seguida, o MP emitiu parecer contrário à revogação do dispositivo para analisado no julgamento do mérito do habeas corpos por parte dos integrantes da Quarta Câmara Criminal. Ainda não há data definida para o julgamento colegiado.

Para o MP, Jessica foi apontada não só como advogada de faccionados, mas como membro da facção, que está à frente do tráfico de drogas na região noroeste do Estado, nos municípios de Tapurah, Itanhangá e Sinop, conforme apontado em relatório de investigação. Conforme parecer, o Tribunal deve manter a ordem liminar para interromper e cessar a atuação do grupo criminoso.

O principal ponto extraído da interceptação telefônica no celular R.J.S, apontado como o principal líder da facção na região, em conversa com a advogada, demonstra a atuação da jurista no ‘movimento’. Ela chegou a pedir a liberação de três homens que haviam sido sequestrados pela facção, por integrarem facção rival. “Solta os guri kkk”, escreveu Jessica para Robson em mensagem de texto, após checar a ficha criminal dos sequestrados.

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Operação Gravatas

Deflagrada no dia 12 de março pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil, as investigações apontaram que com o auxílio de um policial militar, o soldado Leonardo Qualio, que enviou dezenas de boletins de ocorrência aos advogados que atuavam como braço jurídico. O militar também foi preso na operação.

As informações eram repassadas nos presídios em que as lideranças da facção estavam detidas. Além dos boletins, imagens das viaturas da Polícia Judiciária Civil durante diligências também eram enviadas, com o intuito de embaraçar as investigações.

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