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POLÍCIA

MPE manda investigar policiais civis por “tapas na cara” de assassino de 3 motoristas

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A Corregedoria da Polícia Judiciária Civil (PJC) vai investigar supostos abusos cometidos na prisão de Lucas Ferreira da Silva, de 20 anos, assassino confesso de três motoristas de aplicativo. As vítimas foram mortas a pauladas e facadas em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, no último final de semana.

 

A medida, requerida pelo Ministério Público do Estado (MPMT), é de praxe em audiências de custódia para verificar a legalidade de todas as prisões realizadas pelas forças de segurança. Durante a audiência, Lucas Ferreira da Silva relatou que foi alvo de “vários tapas na cara” dentro da delegacia para onde foi levado após sua prisão em flagrante, ocorrida na última segunda-feira (15).

 

Ele e outros dois menores de idade seriam os autores das mortes de Elizeu Rosa Coelho (58 anos), Marcio Rogerio Carneiro (34 anos) e Nilson Nogueira (42 anos), todos motoristas de aplicativo. Em seu pedido, o promotor de justiça ressaltou que, até o momento, o único elemento de provas sobre as supostas agressões de membros da PJC é o depoimento de Lucas Ferreira da Silva.

 

Eventuais punições vão da advertência à demissão do órgão, caso comprovadas. “Com relação a eventuais abusos praticados pelo Policial Civil, logicamente esse tipo de conduta não se justifica, não encontra amparo legal. Se realmente comprovado, pode caracterizar um crime de lesão corporal ou até abuso de autoridade. Em razão disso o Ministério Público requer que seja enviado expediente à Corregedoria da Polícia Civil para que instaure inquérito e apure essa eventual prática de crime por parte do policial”, requer.

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EXECUÇÕES

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As investigações da DHPP começaram na manhã do último sábado (13), após a equipe do Núcleo de Desaparecidos receber informações sobre a primeira vítima, Elizeu Coelho. Entre a noite de sábado e a manhã de segunda-feira (15), as equipes receberam relatos do desaparecimento de outros dois motoristas de aplicativos, Nilson Nogueira e Márcio Rogério Carneiro.

 

Elizeu Coelho dirigia um veículo Fiat Uno por meio de um aplicativo de transporte quando saiu para trabalhar na noite de quinta-feira (11), e não retornou mais o contato, o que não era usual de seu comportamento. Familiares começaram a procurar pela vítima e um genro de Elizeu encontrou o Fiat Uno perto de uma praça no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá

 

A segunda vítima, Nilson Nogueira, residente do CPA 3, na Capital, saiu de casa no início da noite de sábado para trabalhar para realizar as corridas de aplicativo em seu veículo, um Ônix prata. Seu pai procurou a Polícia Civil no domingo, relatando que não conseguia contatar Nilson, que não costumava passar a noite fora de casa e estava fora da área de cobertura do celular. As investigações mostraram que o veículo da vítima foi visto na madrugada de domingo, por volta das 04h35, próximo à Ponte Nova, no sentido Cuiabá – Várzea Grande.

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Já na manhã de segunda-feira, o Núcleo de Desaparecidos recebeu o relato do desaparecimento da terceira vítima, Márcio Carneiro, que residia em um condomínio na Alameda Júlio Muller, em Várzea Grande. Sua esposa informou que ele saiu de casa por volta das 21h de domingo, dirigindo um Fiat Pálio branco alugado, mas desde então não fez mais contato. Na mesma manhã, o veículo foi encontrado pelo dono, sem as placas, no bairro Cristo Rei.

 

 

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