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POLÍCIA

MT registra 1.850 casos de agressão a crianças e adolescentes e 1.098 de estupro em nove meses

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Mato Grosso registrou 1.850 casos de agressão a crianças e adolescentes de janeiro a setembro deste ano, segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp). Além disso, foram 1.098 casos de estupros, 388 de maus tratos, 395 casos de abandono de incapaz e 44 de homicídios.

Entra nas estatísticas crianças e adolescentes de 0 a 17 anos. A maioria dos casos registrados foram cometidos por familiares e ocorreram dentro da própria casa.

“Um vizinho que está vendo uma criança ser espancada e não denúncia deve paga por omissão, que muitas vezes é o maior crime. As escolas têm denunciado mais”, disse o conselheiro tutelar Odenil Valeriano da Silva .

A Comissão do Direito da Criança e do Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) tem realizado palestras e orientação sobre a lei que determina que toda a sociedade é responsável por proteger e garantir que crianças e adolescentes tenham uma vida digna, sem nenhum tipo violência.

“Realizamos um trabalho de orientação e de acompanhamento do processo para apoiar essas famílias”, ressaltou a presidente do Conselho, Tatiene Barros Ramalho.

Outros casos

No último mês, outros casos de violência contra crianças foram registrados em Mato Grosso e ainda não foram contabilizados nessas estatísticas.

Um deles é o caso do menino Davi Gustavo Marques de Souza, de 3 anos, que foi levado morto ao hospital, em Nova Marilândia, a 261 km de Cuiabá.

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O laudo médico apontou como causa da morte espancamento e esmagamento, uma vez que, além das lesões externas, foram identificados vários pontos de hemorragia interna na região do abdômen da criança.

A mãe da criança, Luana Marques Fernandes, de 25 anos, e a namorada dela, Fabíola Pinheiro Bracelar, de 22, foram autuadas pelo crime de tortura qualificada com resultado morte.

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Várias testemunhas foram ouvidas, confirmando que a criança vinha sofrendo constantes agressões por parte das suspeitas.

Em uma ocasião, o menino chegou a ser atropelado por Fabíola, que o prensou contra o portão da casa. Quando questionadas sobre os hematomas na criança, elas alegavam que ele havia se machucado jogando futebol.

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MATO GROSSO

Exame confirma agressões em criança que foi encontrada com hematomas ao sair de creche

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A mãe da criança de um ano e 2 meses, que registrou boletim de maus-tratos supostamente ocorridos contra a filha no Centro Educacional Infantil Cuiabano (CEIC) Rosângela de Campos, no Pedregal, relatou ao Olhar Direto que essa não foi a primeira vez que ela encontrou a menina com lesões no corpo. Ainda segundo a denunciante, um exame de corpo de delito foi realizado no sábado (27), comprovando as agressões.

Ela buscou a criança na sexta-feira (26), por volta das 17h40, e ao chegar em casa, foi dar banho nela, como de costume. Nisso, encontrou as marcas avermelhadas nas costas, que pareciam ser de uma mão.

“Na hora, eu assustei com aquela situação. Tirei foto no mesmo momento e encaminhei para a diretora da creche, pedindo uma explicação, porque estava cheia de marca nas costas dela e ninguém me falou nada. Quando eu busquei lá na creche, perguntei se estava tudo bem, e disseram que estava. Aí, no momento que chego em casa e encontro a menina desse jeito”, disse a mãe.

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Em ligação, a diretora disse que não sabia do ocorrido e que iria verificar com a equipe que cuida da turma da criança, o maternal. A pequena frequenta a CEIC desde os cinco meses, quando sua mãe precisou voltar ao trabalho.

Em março, a criança voltou para casa, também em uma sexta-feira, com uma marca roxa na perna, que parecia uma mordida. À época, ninguém falou sobre a situação para a mãe, e segundo ela, os funcionários ficavam jogando a questão um para o outro.

“Aí ficava um jogando pro outro. Ah, não é comigo, mãe, porque tem a tia da manhã. Ah, tem que ver a outra que é a tia da tarde. E nesses dias eu fiquei igual uma besta, né? Eu senti uma palhaça lá, porque ninguém poderia me falar nada”, afirmou.

Ela chegou a conversar com uma das professoras, que pediu desculpas e disse que iria reforçar a situação com a coordenação. Mas aí o episódio mais recente aconteceu, e a mãe perdeu a confiança na unidade escolar.

No sábado (27), ela procurou a delegacia e a filha foi submetida ao exame de corpo de delito. “A doutora perguntou se tinha alguma marca ainda nas costas dela, ai eu mostrei as fotos e disse que não sabia se ainda estava. Ai ela analisou o corpo dela e viu sinais de dedo nas costas dela. Foi tão forte que no sábado ainda deu para visualizar a mãe”.

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O exame deu positivo para agressões e maus-tratos. Nisso, a própria médica aconselhou a não levar mais a criança na creche, porque o caso deveria ser investigado.

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Agora, a mãe aguarda o posicionamento da Secretaria Municipal de Educação para poder transferir a criança de unidade, pois ela é mãe solteira, e não tem com quem deixar a filha.

“A Secretaria já entrou em contato e falaram que iriam hoje pela manhã, acho que já foram fazer uma investigação inicial, para apurar o que de fato aconteceu na sexta-feira. Mas eu ainda estou aguardando a resposta e ficaram de me dar um retorno para trocar minha filha de creche”, disse a mãe.

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