ATROPELAMENTO

“O carro que atropelou e todos são culpados”, diz policial que matou casal em MT

João Ojeda foi solto após passar por custódia

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O Policial Civil, João Ojeda de Almeida, de 56 anos, suspeito de atropelar e matar o casal Ianka Aparecida e Paulo César Almeida em um acidente na MT-060, nas proximidades da comunidade Mata Cavalo, na cidade de Nossa Senhora do Livramento, está sendo acusado de fugir do local do acidente com a ajuda da Polícia Militar. Na ocasião, uma viatura da PM encaminhou o suspeito e seu primo a uma unidade de saúde e não teria tomado as providências necessárias com o corpo do casal no momento.

 

 

De acordo com informações do Programa do Pop, da TV Cidade Verde, uma guarnição da Polícia Militar foi a primeira a chegar no local e encontrou os corpos. Ao invés de isolar o local e acionar outras autoridades, foi logo encaminhando o suspeito juntamente como seu primo para Hospital Regional.

 

 

Para a reportagem, o sargento Gregório alegou que João Ojeda precisava de atendimento médico e por isso foi encaminhado para o Pronto Socorro de Várzea Grande. “O condutor do veículo que atropelou estava passando mal. Ele foi levado para Pronto Socorro de Várzea Grande. Ai, os policiais de Várzea Grande já foram acionados. Ele está detido lá no Cisc do Parque do Lago”, explicou ele.

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No entanto, a reportagem descobriu que o suspeito estava sendo atendido no Hospital de Nossa Senhora de Livramento. Neste momento, ele assumiu que mentiu para proteger o suspeito. “Eu precisava evitar um linchamento da vítima. Você viu como estava lá. O pessoal querendo bater nele”, disse.

 

 

Um dos familiares explicou revoltado a injustiça. “Os policiais, na hora que aconteceu o acidente, deram fuga para cara porque ele é policial. O cara está bêbado. Eles pegaram ele e levaram ele para o hospital.  Agora tá aqui, marido de minha sobrinha e minha sobrinha morto, entendeu. Eu quero justiça nisso ai”, disse ele bastante alterado.

 

 

Momentos depois, para a reportagem João Ojeda confessou que havia bebido e ainda afirmou ironicamente que somente o carro atropelou as vítimas. “Eu bebi, eu estava de folga. O carro que atropelou as vítimas. Todos são culpados, não sou só eu não”, dizia ele.

 

 

O suspeito ainda ironizou para a reportagem sobre as mortes. “Eu podia ter morrido também. Eu não tô lembrado de nada”, disse o policial, que foi solto na tarde desta quinta-feira após participar de audiência de custódia quando teve a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) suspensa.

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Diante dos fatos, um boletim de ocorrência foi registrado e o caso será investigado pela Polícia Civil e o suspeito deverá responder pelo homicídio das vítimas. Depois um processo deverá ser aberto pela Corregedoria da Polícia Militar para investigar a conduta dos policiais.

 

 

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