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POLÍCIA

Operação do Gaeco Desarticula Grupo que Desviou R$ 495 Milhões em Fraudes

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 O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) deflagrou uma operação nesta quinta-feira (31) com o objetivo de desmantelar um grupo responsável por fraudar um montante significativo de R$ 495 milhões. Como parte da ação, dois servidores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) foram afastados de suas funções sob suspeitas de envolvimento em lavagem de dinheiro. Além disso, uma terceira pessoa, cuja identidade não foi revelada, está sendo acusada de participação no esquema.

De acordo com as investigações conduzidas, esse esquema envolveu tanto os servidores públicos quanto os terceiros e tinha como alvo documentos de Cadastros Ambientais Rurais (CARs) e laudos tipológicos de florestas em propriedades localizadas na Amazônia Legal.

 

As ordens judiciais para a operação foram emitidas pela juíza Ana Cristina Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, e a ação foi coordenada pela delegada Alessandra Saturnino de Souza Cozzolino. O esquema contava com a participação ativa de terceiros e de servidores públicos que atuavam no setor florestal, aproveitando-se de suas posições para facilitar a aprovação de vistorias e pareceres em troca de benefícios financeiros ilícitos.

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A delegada Alessandra Saturnino de Souza Cozzolino explicou: “O esquema consistia em aprovar Cadastros Ambientais com informações falsas e alterar a classificação da vegetação para permitir que propriedades localizadas em áreas de floresta amazônica pudessem aumentar a área desmatada em até 65% das propriedades.”

 

O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) já iniciou três ações penais que estão em andamento na 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, envolvendo sessenta e um réus acusados ​​de participação em fraudes de cadastros ambientais e tipologias de vegetação. Até o momento, as autoridades conseguiram identificar prejuízos ambientais no valor de R$ 495 milhões, além do bloqueio de R$ 500 milhões. Durante a investigação, foram constatados desmatamentos ilegais que afetaram uma área de 20 mil hectares.

 

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O pagamento financeiro acima do esperado chamou a atenção das autoridades. Durante um período de cinco anos, um dos servidores servidores, que em 2019 tinha uma remuneração mensal líquida de R$ 11.620,82, registrou movimentações em sua conta bancária que totalizaram R$ 12,3 milhões, incluindo pelo menos R$ 798.521,36 em depósitos em dinheiro.

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Além disso, em uma ação de busca e apreensão realizada antes da Operação Loki, foram encontrados na casa de um dos denunciados R$ 86 mil em dinheiro, considerados de origem ilícita. Outras apreensões anteriores incluíram veículos, documentos, computadores e registros.

 

As investigações também revelaram que um dos réus estava utilizando sua esposa para ocultar e disfarçar a origem ilícita de valores provenientes de atividades fraudulentas, utilizando uma empresa de propriedade dela para receber quantias indevidas.

 

O esquema envolveu servidores que, em colaboração com terceiros, realizaram manobras para ocultar e dissimular o uso de bens, direitos e valores originados de propinas recebidas em troca de aprovação de vistorias e emitir pareceres fraudulentos no órgão ambiental estadual.

 

A operação recebeu o nome “Loki” em referência à mitologia nórdica, onde Loki é considerado um deus da armadilha, cujas artimanhas, embora frequentemente causem problemas, também beneficiam alguns.

 

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