RENEGADOS 3

Policiais corruptos combinavam crimes pelo Whats, revela juíza em MT

Grupo extorquia empresários e até mesmo outros criminosos

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A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Ana Cristina Silva Mendes, revelou que os alvos da terceira fase da Operação Renegados, deflagrada na manhã desta terça-feira (21) em três municípios de Mato Grosso, combinavam os crimes por meio de aplicativos de mensagens. As investigações revelaram a existência de uma quadrilha, formada majoritariamente por policiais e ex-policiais civis, que roubavam e extorquiam outros bandidos – traficantes, estelionatários etc.

 

 

Em decisão da última segunda-feira (20), a juíza determinou a apreensão dos telefones celulares dos investigadores Edilson Antônio da Silva, considerado o líder da quadrilha, Alan Cantuário Rodrigues, Rogério da Costa Ribeiro, Frederico Eduardo de Oliveira Gruszczynski, Júlio César de Proença. Também foram apreendidos os celulares de Samara Nunes Voichecoski, Kelle Arruda Santos, Ronaldo César de Miranda e Karolina Magalhães de Almeida.

 

“Verifica-se a existência de fortes indícios de que nos aparelhos celulares poderão ser encontrados elementos e informes relacionados à atividade criminosa, isso porque, a narrativa destaca que os investigados mantinham comunicação contínua por meio dos aplicativos de mensagens, sendo crível estabelecer que tenham tratado sobre as atividades criminosas, possuindo armazenados nos aparelhos provas a respeito dos fatos investigados”, determinou a juíza.

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O mesmo grupo também foi alvo de ordens de prisão na 3ª fase da Operação Renegados nesta terça-feira. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Cuiabá, Chapada dos Guimarães e Rondonópolis.

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A Operação Renegados foi deflagrada de forma conjunta entre a Corregedoria-Geral da Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MPMT). De acordo com o Gaeco e a PJC, a operação é resultado da continuidade da investigação conjunta realizada em Procedimento de Investigação Criminal (PIC) instaurado pelo Gaeco e em inquérito instaurado pela Corregedoria-Geral da Policial Civil.  A investigação busca desarticular uma organização criminosa composta, dentre outros membros, por policiais civis e informantes do grupo.

 

 

Em decisão recente, publicada no começo de março, a juíza Ana Cristina da Silva Mendes condenou 23 réus que foram alvos das fases anteriores da Operação Renegados. A sentença decretou a perda da função pública de sete policiais civis, novamente presos na 3ª fase da operação. As práticas criminosas atribuídas à quadrilha que embasaram as fases anteriores teriam resultado numa extorsão em dinheiro no valor de mais de R$ 1 milhão, além do “roubo”, e posterior “revenda”, de 139 quilos de pasta-base de cocaína.

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