EXTREMISMO POLÍTICO

Preso por trocar tiros com PM, produtor em MT ostenta vida de glamour nas redes

Empresário furtou pneus para queimar em bloqueio

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Produtor rural, formado em Agronomia e delegado suplente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) desde 2021, Vilso Gabriel Brancalione, 25 anos, segue preso preventivamente pela suspeita de integrar o grupo que furtou uma borracharia às margens da BR-163, em Nova Mutum, a 269 km de Cuiabá, incendiar pontos da estrada e trocar tiros com a polícia.

 

 

Vilso apoiava as manifestações feitas por bolsonaristas que não concordam com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição. Em uma rede social, que atualmente é privada aos seus 3 mil seguidores, sua última postagem foi um vídeo com um compilado de imagens de atos, alguns em Mato Grosso.

 

 

O advogado de Brancalione, Leonardo Bernazzolli, informou que nega os fatos descritos pela Polícia Militar no boletim de ocorrência, que a defesa segue a liturgia do processo e se resguarda a prestar os esclarecimentos à Justiça.

 

 

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Em uma das fotos postadas, Vilso aparece segurando uma bandeira da Aprosoja em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília. Na legenda, escreveu: “Academia de Liderança Aprosoja”.

 

 

Ele foi preso com outros dois homens: João Pedro de Lima Ceolin, de 25 anos, e Felipe Carvalho Dreffeck, de 28 anos. A prisão em flagrante deles foi convertida em preventiva pela Justiça na quinta-feira (24).

 

 

Associação dos produtores de soja

 

 

Vilso é delegado-suplente da Aprosoja desde 2021. A associação é uma entidade sem fins lucrativos formada desde 2005 por produtores rurais ligados à cultura de soja e milho em Mato Grosso com o objetivo de unir e valorizar a classe e representar direitos, interesses e deveres dos produtores.

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A associação informou que os delegados são voluntários escolhidos como representantes pelos produtores de cada núcleo da Aprosoja e são responsáveis por transmitir à entidade as demandas da região em reuniões periódicas.

 

 

“[Os delegados] Não fazem parte da diretoria eleita e não exercem função deliberativa na entidade, exceto na posição de associados, por meio das assembleias ordinárias ou extraordinárias, mas com o mesmo direito a voto que tem os quase 8.000 associados que hoje integram a associação”, explicou a Aprosoja em nota.

 

 

Furto de pneus e troca de tiros

 

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No boletim de ocorrência, consta que Vilso, João Pedro e Felipe foram presos depois de furtar pneus, incendiar trechos da BR-163 e trocar tiros com a PM. Um vídeo mostra os três e outras pessoas em uma borracharia, onde, segundo a polícia, o grupo ameaçou uma mulher com uma arma.

 

 

Após serem informados sobre o crime, os policiais começaram o patrulhamento e encontraram, ainda conforme o boletim de ocorrência, vários pontos da rodovia incendiados até conseguirem localizar os suspeitos, que entraram em uma caminhonete e, durante perseguição, atiraram contra a PM, que revidou.

 

 

O veículo foi encontrado em uma propriedade rural, onde o trio se entregou, após as negociações com a PM. Segundo a corporação, eles disseram que agiram por conta própria, mas a polícia investiga a participação de outras pessoas no crime, como mostra o vídeo da borracharia.

 

 

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Os três devem responder por furto, disparo de arma de fogo, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, ameça, crimes contra a paz pública, direção perigosa, bloquear via com veículo, entre outros crimes.

 

 

Além da caminhonete, foram apreendidos celulares e bebida alcoólica.

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Nota enviada pela Aprosoja:

 

 

Os delegados são voluntários escolhidos como representantes pelos produtores de cada núcleo da Aprosoja e têm a função de transmitir para a entidade, através de reuniões periódicas, as demandas da sua região. Seu papel na entidade se assemelha ao de inúmeros outras agremiações sociais, como igrejas, ONGs, grupos sociais de apoio etc.

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Não fazem parte da diretoria eleita e não exercem função deliberativa na entidade, exceto na posição de associados, por meio das assembleias ordinárias ou extraordinárias, mas com o mesmo direito a voto que têm os quase 8.000 associados que hoje integram a associação.

 

 

Apenas a título de informação, no ano de 2020, foram escolhidos pelos núcleos 151 delegados e 24 foram indicados pelos sindicatos rurais para representarem os produtores locais nos debates da entidade.

 

 

A Aprosoja reitera sua posição de defesa das garantias constitucionais, como a liberdade de expressão, a ampla defesa, o contraditório, o devido processo legal e a liberdade de ir e vir, assim como tantos outros direitos caros para a nossa democracia. Como entidade do terceiro setor a Aprosoja compartilha conhecimento, implementa projetos sociais e de melhoria contínua dentro das propriedades rurais no intuito de ampliar a sustentabilidade da nossa produção. Não há qualquer tipo de ingerência da entidade em relação as condutas dos seus associados, sendo cada um individualmente responsável pelos seus atos.

 

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A Aprosoja agradece por propiciar este espaço para que sejam sanadas dúvidas sobre a forma de atuação da entidade e para que se restabeleça a verdade, hoje tão negligenciada por aqueles que não comunicam com responsabilidade.

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Lucas do Rio Verde

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