POLÍCIA

Suspeito de hackear sistema do Detran para revender carros é preso

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A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, nesta terça-feira (2), a operação Xeque-Mate II. A força-tarefa desarticulou uma organização criminosa que fraudava o sistema do Departamento de Trânsito (Detran-DF) para furtar veículos e revendê-los para terceiros.

A operação cumpriu três mandados de prisão e quatro de busca e apreensão em Samambaia e em Águas Lindas de Goiás, na região do Entorno. Até a última atualização dessa reportagem, um suspeito havia sido preso e dois estavam foragidos.

A investigação identificou pelo menos quatro carros furtados revendidos nesse esquema. Desses, dois foram recuperados e devolvidos aos donos.

Em nota, o Detran informou que apoiou a polícia Civil durante a operação, informou que contribui para as investigações e quem tem feito readequações no órgão.

Desde fevereiro, a direção-geral […] vem fazendo readequações e melhorias no sistema e realizou auditoria e revisão de todas as contas de usuários”, diz comunicado. “Além de fortalecer a segurança da informação, está implementando uma central de monitoramento e resposta a incidentes de tecnologia”.

Sistema hackeado

Ainda de acordo com a apuração da PCDF, ao hackear o sistema informatizado do Detran-DF, os criminosos habilitavam senhas inativas de servidores.

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“A ousadia dos bandidos era tanta que chegaram a usar senhas vinculadas a policiais para efetivar as baixas clandestinas das restrições”, disse a polícia em nota.

Com o código de acesso, os suspeitos conseguiam ter acesso ao sistema e retirar as restrições dos veículos de interesse da quadrilha. Depois, conseguiam procurações falsas em cartórios da Bahia com as quais obtinham no Detran-DF a segunda via do documento único de transferência (DUT) dos veículos roubados, que normalmente eram carros populares, “para não chamar a atenção”, diz a polícia.

Sem restrição e com a segunda via do DUT em mãos, o caminho ficava livre para os criminosos venderem os carros “legalmente”.

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Com essa prática, os suspeitos geravam prejuízo à vítima, que teve seu carro furtado, mas também a uma cadeia de compradores que adquiriam esses veículos pensando se tratar de uma negociação regular.

Se comprovada a autoria dos crimes, os presos responderão por associação criminosa, furto, estelionato, fraude documental e violação de sistema de informática. Nesses casos, a pena prevista ultrapassa os 20 anos de detenção.

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Site falso

Durante a investigação, os agentes também identificaram um site falso, para leilão eletrônico. A página na internet prestava “serviços oficiais de leilão de carros” e se dizia autorizado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) a desenvolver a atividade.

No entanto, as investigações mostraram ser outra fraude. O endereço da sede da empresa é falso, os telefones de contato não atendem e o TJDFT informou que eles não são cadastrados.

De acordo com a Corpatri, essa página eletrônica encontra-se hospedada em servidores nos Estados Unidos, e a retirada do ar já foi determinada. “Esse tipo de site, além de pescar dados cadastrais para novas fraudes, também pratica estelionato, pois após o pagamento dos carros nestes supostos leilões a mercadoria não é entregue”.

TEXTO: G1 DF

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