POLÍCIA

Tia que obrigava sobrinho ficar ajoelhado no milho se entrega à PC-MT

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A tia do menino de 6 anos que obrigava o garoto a ficar de joelhos por horas, em pedras e grãos de milho, além de ser espancá-lo frequentemente, se entregou à Polícia Civil de Sinop (500 km de Cuiabá) nesta segunda-feira (1°). Na delegacia, Liliana Vilhalva Vogado, 28 anos, disse que cuida do sobrinho desde os três meses porque a mãe dele é usuária de drogas e ainda culpou o marido pelas agressões.

“Eu não bati na criança. Quem bateu foi mesmo meu esposo. Criei ele desde os três meses. A mãe dele [irmã de Liliana] é usuária de drogas, senão ele ia parar em mãos de gente estranha,” declarou Liliane durante entrevista à imprensa de Sinop. O crime de tortura foi praticado na cidade de Planalto da Serra.

O marido dela, um homem de 31 anos, já foi preso. O casal teve o mandado de prisão preventiva decretado com base em investigações da Polícia Civil, conduzidas pela Delegacia de Chapada dos Guimarães.

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Liliana disse à imprensa que se entregou sob orientação de seus advogados. Questionada sobre os ferimentos, ela disse que chorou muito ao saber e quer apenas o bem do sobrinho.

As investigações iniciaram após o Conselho Tutelar do Planalto da Serra receber denúncia sobre uma criança de 6 anos que era vítima de maus-tratos diários, em uma fazenda a cerca de 54 quilômetros da cidade. Com base nessas informações, as equipes do Conselho Tutelar e da Polícia Militar foram até o local, onde constataram a veracidade das informações, encontrando a criança com vários hematomas pelo corpo, evidenciando lesões corporais.

O suspeito foi conduzido à Delegacia de Chapada dos Guimarães, que aprofundou as investigações, descobrindo que a criança não apenas sofria maus-tratos, como era submetida a torturas diárias pelos tios, os quais ele chamava de pai e mãe. Segundo testemunhas, a vítima era colocada de joelhos por horas, em cima de pedras e grãos de milho, além de sofrer espancamentos frequentes.

Durante as investigações, também ficou claro que os atos de violência eram praticados tanto pelo tio quanto pela tia, que criavam o menino desde os seus nove meses de idade. A vítima foi ouvida por uma equipe psicossocial da Delegacia de Chapada dos Guimarães, oportunidade em que foram confirmadas as agressões sofridas.

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Segundo o delegado responsável pelas investigações, Eugênio Rudy Júnior, as declarações da criança foram corroboradas por testemunhas e outras evidências coletadas durante as diligências policiais, incluindo o exame de corpo de delito. Com base nessas informações coletadas e na gravidade das acusações, o delegado lavrou a prisão em flagrante do suspeito e solicitou a prisão preventiva do casal. A medida foi prontamente decretada pela Justiça, garantindo que o casal permaneça detido enquanto o caso é investigado e julgado.

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