O principal alvo da operação Parasita, deflagrada pela Polícia Federal e Civil na manhã desta sexta-feira (5), em Cuiabá, foi identificado como Luciano Mariano da Silva, o “Marreta". Ele é um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho no estado.
Marreta está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE) em Cuiabá. Em 2019, o líder da organização também confessou que assassinou o seu colega de cela, Paulo Cesar dos Santos, o "Petróleo".
Na época, Marreta disse que cometeu o crime por “medo de morrer”, pois teria recebido ameaças da vítima, além de suspeitar que Paulo estivesse dando informações sobre a facção ao Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam).
Foi constatado que os alvos da operação Parasita atuavam no tráfico de drogas em diversos municípios de Mato Grosso, dentre eles Barra do Bugres, Alto Paraguai, Jaciara, Nova Olímpia, Feliz Natal e Nova Mutum.
Nestas cidades, qualquer traficante que pretendesse comercializar entorpecentes deveria ser previamente autorizado pelos líderes, sendo obrigado a adquirir a droga diretamente do grupo.
Além de Marreta, outras 21 ordens judiciais de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nos estados Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba e Pernambuco.
As investigações apontaram ainda que a organização criminosa funcionava como uma espécie de franquia do crime, com conexões e relações comerciais com outras organizações criminosas, dentro e fora de Mato Grosso.
Os principais membros, que já se encontravam presos, contavam com a ajuda de outros em liberdade para executarem suas ordens, recolhimento de dinheiro, distribuição de drogas e fiscalização das movimentações financeiras.
Por meio de autorização judicial, foram constatadas movimentações em dinheiro em nome de vários investigados. O somatório dos valores que circulou nas contas no período de 2018 a 2020 superou R$18 milhões.
Marreta é considerado um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho e havia sido preso durante a “Operação Assepsia”. A ação policial investigou os dois detentos, o antigo diretor da PCE, Revétrio Francisco da Costa, o então subdiretor Reginaldo Alves dos Santos e mais três policiais militares por tentaram colocar 88 celulares na unidade penitenciária.
Fonte: HIPERNOTICIAS