POLÍCIA

TRAGÉDIA DO ALPHAVILLE: Médico estranha limpeza de local onde estudante foi morta em mansão

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O neurocirurgião Wilson Novais declarou à Polícia Civil que o local onde Isabele Guimarães Ramos, 14 anos, foi encontrada morta estava muito limpo e organizado para a dinâmica dos fatos.  A adolescente foi morta com um tiro supostamente acidental disparado pela própria amiga no dia 12 de julho, no condomínio de luxo Alphaville, em Cuiabá. 

 

“O declarante [Wilson Novais] não viu sangue ao redor do corpo de Isabele, apenas dentro do box. Este fato chamou a atenção, pois sendo neurocirurgião, esperava-se que o “projetil” deveria ter provocado muito mais sangue disperso no ambiente”, diz trecho da narrativa. 

 

As declarações constam no depoimento prestado ao delegado Wagner Bassi Júnior, da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) no última sexta-feira (31). Wilson, que é amigo de longa data da família, foi até o local do crime após receber uma ligação de Patrícia Ramos, mãe de Isabele. Ele chegou na residência por volta das 22h30, minutos após o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). 

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Dentro do quarto, o médico relatou que encontrou o ambiente “escuro”, apenas com uma luz fraca que iluminava o banheiro, onde estava o corpo da vítima estava. Para ele, o cenário foi atípico para cena de um crime.  

 

“Toda esta visualização, no entender do declarante era incompatível com algo tão grave que ocorreu, onde a vítima levou o tiro é uma região bastante vasculizarida e com um tiro na base do crânio, onde tem a presença de bastante veias e artérias, provocaria um sangramento instantâneo e brutal”, complementou. 

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Ainda de acordo com os relatos, ele notou que Isabele estava de olhos entreabertos, o que segundo ele não é comum de um cadáver. “A vítima estava com os olhos entreabertos, característica não natural de um cadáver. A vítima, possivelmente, se encontrava com os olhos abertos no momento do disparo”, revelou. 

O CASO 

Em seu depoimento, a autora do disparo, de 14 anos, afirmou que, ao derrubar a caixa plástica onde estavam as 2 pistolas, acabou se desequilibrando quando tentava recolhê-las uma delas com a mão direita ocorreu o disparo.  A mãe da vítima, Patrícia Ramos, não acredita na tese.  

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Os peritos indicam que o disparo teria sido feito na vítima numa distância entre 10 e 50 centímetros. A perícia também encontrou na face de Isabele vestígios de pólvora da pistola.  

 

Foram realizadas Buscas e Apreensões, com autorização judicial, a fim de localizar, apreender e preservar provas do crime. Foi realizada também perícia com aplicação de luminol para localizar possíveis manchas de sangue no local. Com esse agente químico (luminol), a perícia pode identificar, inclusive, manchas de sangue que eventualmente tenham sido limpas.   

 

Estão sendo ouvidas todas as pessoas que estavam no momento bem como outras pessoas que possam contribuir com a investigação.  

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Fonte: FOLHA MAX

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