POLÍTICA

Deputada de MT é chamada de “mal amada” e aciona polícia contra ativista

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Coronel Fernanda se envolveu em confusão com ativista pró-maconha

A deputada bolsonarista Coronel Fernanda (PL-MT) registrou junto à polícia legislativa uma ocorrência por suposta injúria de uma ativista da Marcha da Maconha que a chamou de “mal-amada” durante sessão da CCJ que votava a PEC das Drogas.

A parlamentar pediu que policiais legislativos retirassem a militante do local durante intervalo da sessão. Ela alegou ter sido xingada e ofendida.

À coluna, a ativista Julia Santoucy relatou que a deputada a encarou ao olhar sua camisa em defesa da maconha medicinal. Disse que questionou se ela havia gostado do traje e balbuciou que ela era “mal-amada”.

Já no intervalo, Coronel Fernanda voltou a se queixar da militante e reclamou que estaria sendo filmada. Julia afirma que estava gravando a sessão.

Após o episódio, a ativista foi encaminhada ao Departamento da Polícia Legislativa e levada sozinha a uma sala. Coronel Fernanda também foi ao local acompanhada de assessores e um advogado. A parlamentar alegou ainda que foi chamada de “vagabunda”, o que Julia nega.

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Diante da demora para ser liberada, amigos da ativista pediram ajuda a outros parlamentares. Sâmia Bomfim se dirigiu ao local e se colocou à disposição como testemunha do ocorrido.

Julia foi retirada da Câmara e está impedida de entrar na Casa até o fim da apuração.

Sâmia afirma que Coronel Fernanda “mentiu” e que “as mulheres vieram aqui se manifestar contra a PEC 45 e estavam apenas acompanhando a sessão”. Diz:

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 — É mais um gesto truculento, autoritário por parte da extrema-direita e daqueles que defendem essa PEC, que visa a criminalização dos usuários ao invés de abordar o tema sob o viés de saúde pública. Estou acompanhando o caso que imagino que vá ser solucionado em breve, que não tem o menor cabimento esse pedido de restrição de entrada delas aqui na Câmara.

 

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Lucas do Rio Verde

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