O governador Mauro Mendes (União) afirmou que a Concessionária Nova Rota do Oeste, que administra a rodovia federal BR-163, está em negociação com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para obter um empréstimo de R$ 5 bilhões para obras na estrada. Ele explicou que esta dívida não será do governo de Mato Grosso, já que a Nova Rota do Oeste tem autonomia para buscar empréstimos.
Mendes esclareceu que, por ser uma concessão, a BR-163 gera receita própria e com isso a Nova Rota do Oeste, que é uma empresa do governo, tem capacidade de tomar empréstimos e financiamentos por si só. Ele disse que a concessionária já está em negociação com o BNDES para obter um aporte inicial de R$ 5 bilhões.
“Então, como o projeto tem capacidade de buscar recursos e ele mesmo pagar os recursos, nós estamos dialogando com o BNDES já há alguns meses. Visitei ontem o presidente, uma visita a mais institucional, porque a área técnica da Nova Rotado Oeste, com a área técnica do BNDES já estão há alguns meses fazendo uma tratativa. O nosso projeto já tinha sido apresentado, eles pediram algumas complementações, ficamos de entregar em até duas semana e a partir daí a bola estaria com o BNDES para finalizar as análises e estruturar esse financiamento”.
Com este dinheiro o governador espera uma antecipação na finalização das obras, que estavam previstas para serem feitas em até 5 anos.
“É uma obra extremamente estruturante, necessária, importante, talvez a mais importante obra do Estado de Mato Grosso. Todos conhecem a triste trajetória, os problemas que ficaram durante anos acontecendo, as obras já foram iniciadas desde o ano passado, agora até o final desse mês ou início de junho, nós vamos dar ordem de serviço para mais dois trechos, mas o governo de Mato Grosso não tem condições, e não foi esse o plano de negócio inicialmente apresentado e proposto, de fazê-lo com recurso próprio. Eu tenho estradas para fazer, outros investimentos para fazer”, disse.
Segundo Mauro, o que ficou definido é que o aporte do Governo do Estado seria de R$ 1,6 bilhão, para investimentos na rodovia, sendo o restante feito por financiamento. O governador explicou que o valor se justifica pelo número de estruturas que serão feitas, que na área da construção são conhecidas como “obras de arte”.
“São 32 viadutos, tem rotatórias, passagens elevadas, pontes, passarelas, tem a requalificação de mais 400 quilômetros […]. As obras de arte é que acabam encarecendo e trazendo um custo bastante elevado”.