O Governo de Mato Grosso antecipou as ações de combate a incêndios na região do Pantanal devido ao início do fogo na região.
Segundo a secretária de Meio Ambiente, Mauren Lazaretti, equipes da Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e do Batalhão de Emergências Ambientais do Corpo de Bombeiros estão em dois pontos tentando controlar as chamas para evitar um cenário catastrófico.
“Nós estamos acompanhando desde o início do ano todos os eventos relacionados à seca, ao calor e aos eventos climáticos que apresentam um cenário bastante complexo para o ano de 2024 com uma prospecção de que nós tenhamos eventos de incêndios florestais difíceis de serem controlados e o objetivo do Governo do Estado com todas as estruturas é trabalhar preventivamente atuando ainda no início dos eventos que possam ser identificados”, destacou em entrevista à imprensa nesta segunda-feira (17).
O governo antecipou uma série de medidas que estavam programadas para acontecerem em julho deste ano devido ao início dos incêndios na região e pelo avanço das chamas no bioma em Mato Grosso Sul.
Uma das providências é a proibição do fogo no bioma ou em áreas próximas, mesmo que tenha licença da Sema, para evitar qualquer possibilidade de início de fogo na região.
“Elas incluem tanto as ações de fiscalização, relacionada, uso irregular do fogo ou outras atividades sem autorização, lembrando que a de hoje está proibido o uso do fogo, mesmo com a autorização no bioma Pantanal. Nós antecipamos a proibição de 1º de julho para este bioma, somente serão autorizados fogos preventivos, ou seja, o uso do fogo com o objetivo de prevenir eventos maiores”, comentou.
Conforme o sistema BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em 2023, Mato Grosso registrou 21.515 focos de calor, sendo que a grande parte, 60,39% aconteceram em regiões com bioma Amazônia, e 17,58% no Pantanal. Somente nos quatro primeiros meses do ano, houve 4.131 focos de calor, sendo que mais de 2 mil aconteceram em março. Há previsão de que a situação piore durante o período de seca, entre julho e outubro.
Em novembro, parte da região do Pantanal mato-grossense foi atingida por um grande incêndio que destruiu mais de 20 mil hectares do Parque Estadual Encontro das Águas, entre Poconé e Barão de Melgaço.
O fogo causou grandes impactos ambientais, causando morte de animais e extinção de áreas verdes. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em menos de 15 dias houve mais de 3 mil focos de incêndio no bioma, um recorde histórico que não era registrado desde 2002.