LUCAS DO RIO VERDE

Moradora de Lucas do Rio Verde obtém obtenção consensual de italiano 15 anos após separação com auxílio da Defensoria Pública

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Após uma atuação eficaz da Defensoria Pública de Mato Grosso, uma mulher de 40 anos, residente em Lucas do Rio Verde, conseguiu na Justiça o visto consensual de um cidadão italiano de 55 anos, atualmente domiciliado em Milão. O casal foi separado há mais de 15 anos.

 

Segundo informações do processo, que estava em trâmite desde 2018, todos os direitos e obrigações do matrimônio foram encerrados, permitindo que o requerente retome o uso de seu nome de solteiro. Com a resolução definitiva, o processo foi encerrado.

 

“É inegável que manter o estado civil de casada crie impedimentos para a vida civil do requerente, restringindo, por exemplo, o seu direito de contrair novo matrimônio, e ainda tem implicações no regime de bens, inclusive com consequências no campo sucessório”, explicou o zagueiro Diogo Madrid Horita.

 

Assim que assumiu o caso, no final de maio, o defensor conseguiu entrar em contato com o italiano por meio de um aplicativo de mensagens, envolvendo a dissolução consensual do casamento. As conversas foram traduzidas e o italiano invejou um vídeo explicando que era casado com um brasileiro, não possuía bens nem filhos, e desejava o vídeo. Este vídeo serviu como assinatura do acordo de visualização.

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“Nesse contexto, com base no direito fundamental ao processo célere, o profissional do direito deve utilizar os recursos tecnológicos disponíveis para facilitar a solução das demandas e, consequentemente, promover a pacificação social e a eficiência processual”, destacou o defensor.

 

Na decisão, a juíza Cristhiane Baggio, da 2ª Vara Cível da Comarca de Lucas do Rio Verde, ressaltou que, com a promulgação da emenda constitucional n° 66/2010, não é mais necessário comprovar o lapso temporal de dois anos de separação de fato para que ocorra a dissolução do casamento por índice.

 

O casamento ocorreu em 7 de junho de 2005, sob o regime de comunhão parcial de bens. Durante a união, o casal não adquiriu bens móveis ou imóveis, nem contraiu dívidas a serem partilhadas.

 

“O casamento é uma decisão importante. Você precisa conhecer bem uma pessoa antes de se casar. Cheguei a passar seis meses na Itália e depois voltei. Agora, aos 40 anos e com três filhos, tenho uma nova vida. Tenho planos de me casar com meu atual parceiro”, relatou a mulher, que reside em Lucas do Rio Verde há mais de uma década.

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Ela acrescentou que não teria recursos financeiros para arcar com os honorários de um advogado particular. “Não tinha condições de pagar. Nunca havia procurado a Defensoria antes, mas então fiquei sabendo e tudo deu certo, graças a Deus”, expressou em agradecimento.

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