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Hanseníase pode ser tratada na Rede Municipal de Saúde

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Hoje, 31, encerra o primeiro mês de 2023 e, com ele, também, encerra o mês alusivo à prevenção ao combate e prevenção da hanseníase “Janeiro Roxo”. A fim de intensificar o diagnóstico e o tratamento contra a doença, a Secretaria de Saúde promoveu, no último final de semana [28] o dia D, aonde escolheu algumas Unidades Básicas de Saúde (UBS Boa Esperança, UBS Sabrina, UBS Alto da Glória, UBS Jacarandás e Maria Vindilina II) para atender pacientes com suspeita da doença durante o dia todo, sem intervalo para almoço.

A secretária de Saúde, Daniela Galhardo, explica que a hanseníase é uma doença silenciosa, mas que tem tratamento, principalmente, pela rede pública municipal de saúde. “Nós escolhemos alguma unidades para estar aberta durante o sábado, todo o dia, das 08h às 17h, para a gente estar trabalhando na prevenção da hanseníase, que é muito importante”, ressalta ao apontar que, além do dia D, os pacientes com suspeita poderão procurar qualquer Unidade de Saúde, ao longo dos demais meses do ano e, caso diagnosticado, serão encaminhados para o Centro de hanseníase do município para consulta com especialista e tratamento.

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Para ilustrar, é possível citar o caso de uma paciente que teve a sua doença percebida por colegas de trabalho pois, conforme relatos da própria paciente, não percebia os sinais ou sintomas aparentes que pudessem remetê-la à manifestação da hanseníase em seu organismo.

“[…] Meus colegas começaram a observar manchas em mim. E, eu, como não sentia absolutamente nada, duvidava! Ai, passei pela médica infectologista, que fechou o diagnóstico”,  relata lembrando dos dias difíceis [pelo menos 30 dias] e a dificuldade de lidar com a aceitação da doença e decidir iniciar o tratamento.

A paciente relata, ainda, como a doença se manifesta, os benefícios do tratamento e as sequelas de um diagnóstico tardio. “A partir do primeiro dia, da primeira dose supervisionada eu passei a sentir tudo. Tudo quanto é tipo de dor. Eu comecei a apresentar queda da própria altura [dificuldade em se equilibrar enquanto caminha]”, pontua, revelando que teve a hanseníase diagnosticada em 2017, bem como a conclusão do tratamento em 2018.

Ela, a paciente, que também é trabalhadora da saúde, segue acompanhada pela rede pública municipal de saúde, até hoje. Quanto às sequelas, recebeu, total, atenção da sapataria municipal que produziu e adaptou um calçado (dorsoflexor) para devolver-lhe o equilíbrio e a segurança no caminhar.

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SINTOMAS: surgimento de manchas, normalmente, esbranquiçadas (regiões de braços, pernas, costas, nádegas) e, geralmente, vêm com diminuição de sensibilidade

TRATAMENTO: é feito através de polioquimioterápicos, ou seja, antibióticos. A primeira dose, chamada de dose supervisionada, é feita na presença do profissional da saúde e no proprio Centro de Hanseníase e, após, o paciente, segue com a ingestão do antibióticos (antimicrobianos: rifanpicina, dapsona e clofazimina) em casa, que deve seguir uma profilaxia (rotina) de, aproximadamente, um ano.

O diagnóstico, bem como o tratamento precoce, podem evitar sequelas.

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O centro de hanseníase fica na Rua das Andirobas, 124 – região central da cidade. Já a sapataria municipal fica na avenida dos jacarandás, 1237, subesquina com rua dos Cambarás, anexo ao Centro Integrado de Atendimento (CIA Jacarandás), no jardim Violetas.

CASOS REGISTRADOS:

  1. 2018 – 813;
  2. 2019 – 772;
  3. 2020 – 306;
  4. 2021 – 383;
  5. 2022 – 358;
  6. 2023 – 17 (janeiro).

Fonte: Prefeitura de Sinop – MT

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