SAÚDE

Casos de malária aumentam 195% após instalação de garimpo ilegal em MT

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Um levantamento feito pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) aponta que os casos de malária aumentaram 195%, entre 2018 e 2019, em Aripuanã, a 976 km de Cuiabá. No ano passado foram registradas 180 notificações da doença. De janeiro a outubro deste ano, foram 532 novos registros.

A SES afirma que esse aumento, provavelmente, está relacionado à instalação do garimpo ilegal, na região. Ainda segundo a secretaria, essa quantidade de casos é considerada surto da doença, no município.

Na tentativa de conter estes índices, a Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica, juntamente à Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental da SES, está monitorando o município desde junho.

Diversos treinamentos, sobre o uso de microscópios e identificação de vetores estão sendo ministrados. Ainda este mês, será realizada uma capacitação aos profissionais da saúde sobre diagnóstico e tratamento do paciente com malária.

Fechamento do garimpo

Na segunda-feira (7), a Polícia Federal, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e as forças de segurança do estado interditaram o garimpo ilegal que estavam funcionando no município.

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Até o momento mais de 700 pessoas foram retiradas do garimpo. A maior parte foi levada para um parque de exposições da cidade. Equipamentos foram queimados e os buracos foram fechados com explosivos.

Só depois da desocupação total do garimpo é que os órgãos de controle ambiental vão poder entrar no local e avaliar o prejuízo causado ao meio ambiente.

Ocupação da cidade

Após a expulsão da área de exploração ilegal, os garimpeiros ocuparam as ruas do centro da cidade. A avenida principal foi bloqueada e outros veículos foram impedidos de passar. O comércio fechou as portas.

Até a polícia só consegue abastecer as viaturas com escolta, por causa do risco de ataques. O prefeito decretou ‘situação de emergência’ no município.

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