POLÍCIA

Idosa é presa por desviar mais de R$ 200 mil de creche

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A Polícia Judiciária Civil, em ação conjunta da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz) e Delegacia Especializada de Combate a Corrupção (Deccor), deflagrou na manhã desta terça-feira (17), a “Operação Abesap” com objetivo de dar cumprimento a ordens judiciais contra parte da Diretoria de associação beneficente, envolvida em desvios de verbas públicas.

Os mandados, sendo um de prisão domiciliar, 05 de buscas e apreensão e três de afastamento cautelar, foram expedidos pela 7ª Vara Criminal da Capital, tendo como objetivo a apuração de desvio de recursos públicos destinados à Associação Beneficente e Educacional Santo Antônio do Pedregal, conhecida por “Creche do Pedregal”.

A investigação teve início após registro de ocorrência na Delegacia Fazendária, informando que ex-colaboradores que prestaram serviço na creche, mesmos desvinculados da Associação, estavam lançando notas fiscais eletrônicas como se ainda prestassem serviços à instituição.

Durante a investigação, foi apurado que nos últimos 03 anos, a entidade recebeu mais de R$ 1 milhão de recursos oriundos da Secretaria Municipal de Educação de Cuiabá, tendo recebido neste ano R$ 403.474,50. Para justificar os gastos dos repasses, foram criados colaboradores fantasmas, cujo valor era desviado em proveito da investigada, Cleusa Maria da Silva, de 73 anos.

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Levando em consideração os valores recebidos com a criação de pelo menos 08 prestadores de serviço “fantasmas”, devidamente identificados, a investigada desviou mais de R$ 200 mil, sendo que em nome de uma delas, lançou-se R$ 63.142,23 em notas fiscais eletrônicas.

Além disso, a investigada informou a Secretaria Municipal de Educação sobre o atendimento de 190 crianças, quando atualmente estavam matriculados apenas 90 crianças na instituição, das quais era cobrada a mensalidade de R$ 150,00 por aluno matriculado, contrariando o que dispõe o Termo de Fomento: “sem nenhuma cobrança financeira aos alunos ocupantes das vagas”.

Assim, o valor cobrado pela investigada a título de mensalidade dos alunos, custeia toda a despesa de pessoal da Associação investigada

Durante o trabalho investigativo, Cleusa Maria da Silva, também “corrompeu” uma das testemunhas, oferecendo dinheiro para que caso fosse intimada a comparecer a Delegacia de Polícia, deveria “mentir e dizer que trabalha na Associação até os dias atuais”.

Participaram da ação, Policiais Civis da Defaz, Deccor e GCCO com apoio da Politec e Superintendência Regional do Trabalho.

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Repórter MT

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