TERREMOTO

Corpos são enfileirados na rua e parentes tentam reconhecer vítimas após terremotos

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Na sequência de um terremoto de magnitude 6,8 que resultou em mais de mil mortos no Marrocos, os cidadãos marroquinos se reuniram nas cidades devastadas para prestar homenagens aos corpos de seus entes queridos e amigos que perderam a vida na tragédia.

As autoridades locais e a Cruz Vermelha lançaram campanhas para arrecadar doações de sangue para ajudar a tratar os cerca de 1.200 feridos.

O poderoso terremoto, o mais intenso em 120 anos, causou pelo menos 1.037 mortes e deixou 1.204 feridos, com 721 deles em estado crítico, conforme anunciado pelo Ministério do Interior do país. Essa atualização foi feita após um balanço anterior registrar 820 mortos e 672 feridos.

O terremoto ocorreu na noite de sexta-feira às 23h11 (horário local), a uma profundidade de 18,5 km, com epicentro localizado a 71 km a sudoeste da cidade turística de Marrakech. A população foi aterrorizada pelo tremor e fugiu de suas casas no meio da noite.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) registrou a magnitude do terremoto em 6,8, enquanto o Centro Nacional de Pesquisa Científica e Técnica do Marrocos (CNRST) relatou uma magnitude de 7. De acordo com o USGS, esse terremoto foi o mais intenso a atingir a região central do Marrocos nos últimos 120 anos, em um raio de 500 km ao redor de Marrakech.

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O abalo sísmico resultou no desabamento de diversos edifícios, principalmente nas províncias e municípios de Al-Haouz, Taroudant, Chichaoua, Ouarzazate e Marrakech, uma cidade turística com 840 mil habitantes. As icônicas muralhas históricas de Marrakech, construídas no início do século 12, também sofreram danos significativos. O terremoto foi sentido até mesmo na capital, Rabat, a centenas de quilômetros de distância, assim como em cidades costeiras como Casablanca e Essaouira, além de várias províncias do oeste da Argélia, onde não foram registrados danos ou vítimas, de acordo com autoridades locais.

Na cidade de Moulay Brahim, em Al-Haouz, equipes de resgate trabalhavam intensamente em busca de sobreviventes nos escombros. Nas proximidades, os moradores cavavam sepulturas em uma colina para realizar os enterros das vítimas.

As autoridades mobilizaram todos os recursos disponíveis para prestar auxílio nas áreas afetadas, conforme anunciado pelo Ministério do Interior. O Exército marroquino também mobilizou um grande contingente de recursos humanos e logísticos, incluindo equipes de busca e resgate, além de estabelecer um hospital de campanha em Al-Haouz, conforme relatado pela agência estatal de notícias MAP. Devido ao grande número de feridos nos hospitais de Marrakech, o centro de transfusão de sangue local emitiu um apelo por doações.

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Em Marrakech, moradores visivelmente abalados inspecionavam os estragos em suas casas, cercados por montes de escombros, poeira e carros esmagados por pedras.

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Abdelhak el Amrani, de 33 anos, residente de Marrakech, compartilhou sua experiência dizendo: “Sentimos um tremor muito violento e percebi que era um terremoto. Vi os prédios se movendo. Não estamos preparados para situações como essa. Saímos e havia muitas pessoas do lado de fora, chocadas e em pânico. As crianças choravam, os pais estavam indefesos”.

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