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Incêndio no Parque Estadual Serra de Ricardo Franco já consome uma área equivalente a 26 mil campos de futebol

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O fogo que atinge o Parque Estadual Serra de Ricardo Franco persiste há 17 dias e já consumiu mais de 19 mil hectares de vegetação nativa, correspondendo a uma área equivalente a 26.548 campos de futebol. O Corpo de Bombeiros relatou que o incêndio foi desencadeado por um raio em 31 de agosto, na região de Vila Bela da Santíssima Trindade, localizada a 521 km a oeste de Cuiabá.

 

Vinícius Silgueiro, coordenador do Núcleo de Inteligência Territorial do Instituto Centro de Vida (ICV), descreveu a situação como “gravíssima”, especialmente considerando que se trata de uma área de relevância para o turismo e preservação ambiental. O instituto tem monitorado de perto o incêndio, inclusive por meio de imagens de satélite. Silgueiro enfatizou a dificuldade no combate ao fogo, pois as chamas se intensificam à medida que consomem mais território.

 

“O Parque Estadual Ricardo Franco está situado em uma região de extrema importância para a biodiversidade do cerrado e da Amazônia, abrigando a maior cachoeira de Mato Grosso, a cachoeira Jatobá. Portanto, é uma área de grande relevância, inclusive para o turismo”, ressaltou.

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Além dos bombeiros em campo, uma corporação mobilizou aeronaves próprias e do Ciopaer para sobrevoar a região e determinar a melhor estratégia para controlar o incêndio, que avança em encostas com vegetação densa. Uma equipe também utiliza satélites de alta tecnologia para monitorar o comportamento do fogo e orientar as operações no terreno.

 

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Situação crítica no Parque Estadual Cristalino II

Em Novo Mundo, localizado a 785 km ao norte de Cuiabá, o fogo começou no domingo (10) no Parque Estadual Cristalino II e já devastou cerca de 50 hectares da área. O Corpo de Bombeiros continua combatendo o incêndio, com apoio de monitoramento via satélite.

 

A situação neste parque é considerada mais grave, conforme o ICV. Isso se deve ao fato de que a mesma área foi afetada por incêndios no ano anterior. Segundo Silgueiro, essa destruição representa 12% da área total do parque. Para ele, é crucial não apenas agir rapidamente no combate às chamas, mas também responsabilizar o autor do fogo.

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“Esta é uma situação bastante grave, principalmente porque o fogo ocorre em uma área que já foi queimada no ano passado. É crucial ter um controle no combate ao fogo, mas, sobretudo, na identificação e responsabilização daqueles que estão cometendo esse ato ilícito, que consiste no uso do fogo em um período proibitivo e dentro de uma unidade de conservação, o que torna a situação ainda mais séria”, concluiu.

 

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