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Médicos são indiciados por homicídio culposo após morte de criança de 3 anos na UPA

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Dois médicos foram indiciados por homicídio culposo no caso da tragédia que culminou na morte de Manoella Tecchio, uma criança de apenas 3 anos de idade. A menina perdeu a vida no dia 9 de março, após ter sido internada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) localizada em Sinop, cidade situada a 500 km de Cuiabá.

O inquérito policial referente ao caso foi concluído recentemente e já foi encaminhado ao Poder Judiciário. Segundo as investigações conduzidas pelo delegado Ugo Reck Mendonça, responsável pelo caso, ficou evidente a existência de negligência por parte do médico que realizou o primeiro atendimento, bem como de imperícia por parte do terceiro profissional envolvido no caso.

 

Com base nessas constatações, dois dos três médicos que estiveram envolvidos no atendimento à criança foram indiciados por homicídio culposo, que se caracteriza quando não há intenção de causar a morte da vítima.

 

O delegado ressaltou a importância da exumação do corpo de Manoella como um procedimento sensível, mas essencial para as investigações, uma vez que revelou elementos decisivos para o indiciamento dos médicos. Ele explicou que, anteriormente, havia acusações relacionadas ao primeiro atendimento, mas a exumação do corpo permitiu identificar a imperícia do terceiro médico, que contribuiu para a morte da menina.

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Conforme os registros da Polícia Civil, o atestado de óbito original mencionou que a causa da morte de Manoella foi choque séptico e agravamento de pneumonia. Entretanto, a perícia após a exumação revelou que a morte ocorreu devido a um choque hipovolêmico (perda de sangue) causado por pneumotórax hipertensivo.

 

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A perícia foi encaminhada ao Poder Judiciário para relatório das providências cabíveis.

 

Relembrando o caso, Manoella Tecchio, de apenas 3 anos, faleceu após ter sido levada a uma Unidade de Pronto Atendimento de Sinop com sintomas de tosse seca. A Prefeitura Municipal abriu uma sindicância para apurar o ocorrido e atrasar a médica responsável pelo atendimento.

 

Segundo o pai da criança, sua filha apresentou sinais de gripe e tosse seca. Na UPA, um médico solicita exames de sangue e urina, mas não há acordos de anormalidade. Ela então prescreveu um medicamento para tosse alérgica e liberou a criança para voltar para casa.

 

No entanto, a saúde de Manoella não melhorou, e no dia seguinte, ela foi novamente levada à UPA. Uma radiografia revelou um comprometimento severo da sua circulação. Uma transferência para uma UTI neonatal em cidades vizinhas foi solicitada, mas não havia leitos disponíveis.

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Os profissionais da UPA procuraram procedimentos para salvar a criança no local, mas infelizmente Manoella não resistiu.

 

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Na época, a Prefeitura de Sinop já havia fornecido um médico responsável pelo atendimento de Manoella e iniciou uma sindicância para investigar o atendimento e os protocolos relacionados à trágica morte.

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Lucas do Rio Verde

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