POLÍCIA

Força-Tarefa Combate Fraudes em Créditos Florestais

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Nesta segunda-feira (25), a força-tarefa ambiental do Grupo de Atuação Contra o Crime Organizado (Gaeco) deflagrou a Operação Pectina, direcionada a uma organização criminosa sob investigação por envolvimento em fraudes relacionadas ao uso de créditos florestais virtuais que beneficiaram empresas do setor madeireiro no estado.

As ações da operação incluem medidas cautelares de sequestro de bens móveis e valores direcionadas a 10 indivíduos físicos e jurídicos envolvidos nos setores de madeira e transporte de carga de madeira. Essas ordens foram emitidas pela 7ª Vara Criminal Especializada contra o Crime Organizado, na Comarca de Cuiabá.

 

A investigação realizada pela equipe da Polícia Civil, integrante do Gaeco, revelou que o grupo responsável pela fraude ambiental usava créditos virtuais criados para beneficiar empresas madeireiras e terceiros. Eles inseriam informações falsas nos sistemas de gestão do órgão ambiental. Parte desses créditos foi direcionada a pessoas físicas e jurídicas, gerando guias florestais falsas que eram usadas para encobrir a madeira extraída ilegalmente. Esse esquema possibilitava a circulação de produtos florestais de origem ilícita e a lavagem dos valores relacionados às mercadorias ilegais, ou seja, madeira extraída ilegalmente.

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A força-tarefa ambiental do Gaeco é composta por profissionais da Polícia Civil, Ministério Público, Polícia Militar, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo do Estado. Além disso, conta com o apoio da Segurança Pública, incluindo o Corpo de Bombeiros, Politec e Ciopaer, e de outros órgãos como a Sema, Ibama, UFMT e Indea.

 

A investigação teve início em 2017, quando a Polícia Federal abriu um inquérito para apurar os crimes após a operação Floresta Virtual, que foi realizada em colaboração com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama). Mais tarde, a competência do caso foi transferida do judiciário federal para o estadual, e a investigação prosseguiu sob a liderança da força-tarefa ambiental do Gaeco.

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Os fatos revelam que a organização criminosa operava para movimentar créditos fraudados a fim de disfarçar a madeira extraída ilegalmente. Os envolvidos no esquema da “lavagem de madeira” recebiam guias para legalizar a madeira retirada ilegalmente, por meio de transações virtuais.

 

O promotor de Justiça Marcelo Vacchiano, integrante da força-tarefa ambiental do Gaeco, detalhou que os denunciados se uniram para cometer crimes contra o meio ambiente, criando uma organização criminosa que estabeleceu negócios madeireiros meramente formais, sem estrutura física ou funcionários adequados para emitir guias florestais ideologicamente falsas.

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A delegada Alessandra Saturnino, da Polícia Civil e designada para a força-tarefa ambiental, destacou que os danos resultantes das operações ilegais superam a marca de R$ 2,3 bilhões. O nome da operação, Pectina, faz referência à fibra solúvel encontrada no fruto da laranja.

 

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Lucas do Rio Verde

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