POLÍCIA

Justiça Mantém Prisão do “Mafioso do Agrotóxico” Por Liderar Esquema de R$ 70 Milhões

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A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) decidiu manter a prisão de João Nassif Massufero, um empresário que se tornou o principal alvo da operação “Xeque-Mate”. Essa investigação tem como foco a purificação de um complexo esquema de lavagem de dinheiro oriundo de diversas atividades criminosas, com destaque para o contrabando de agrotóxicos. João Nassif encontra-se sob custódia desde novembro de 2022.

 

A decisão unânime da Segunda Câmara abalou o parecer do desembargador José Zuquim Nogueira, relator de um recurso apresentado pela defesa do empresário. A sessão de julgamento ocorreu em 11 de outubro.

 

O desembargador José Zuquim Nogueira, em seu voto, fez questão de registrar que João Nassif Massufero é uma figura notória no mundo do crime e já havia sido condenado a 20 anos de prisão em 2019, especificamente pelo crime de contrabando de agrotóxicos. O desembargador ponderou que, embora os casos estejam relacionados ao mesmo contexto fático, a situação do acusado se distingue dos demais indiciados, os quais não têm condenações criminais nem ações penais em curso. Além disso, destacou que a função exercida por eles na organização criminosa foi subordinada e dirigida por João Nassif, considerado o líder da empreitada criminosa.

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De acordo com informações da Polícia Judiciária Civil (PJC), a operação “Xeque-Mate” tem como alvos suspeitos envolvidos em crimes como associação criminosa, recepção administrativa e lavagem de dinheiro, resultando em movimentações financeiras que afetam a cifra de R$ 70 milhões . Uma investigação realizada pela Delegacia de Sorriso, situada a 420 km de Cuiabá, revelou que essa associação criminosa armada possuía um líder que atuava em diversas frentes, com destaque para a recepção de agrotóxicos e cargas de grãos roubados. Além disso, o grupo envolveu lavagem de dinheiro ou crimes variados.

 

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A investigação também apurou que os agrotóxicos foram adquiridos de diferentes associações criminosas especializadas nesse tipo de atividade, sendo posteriormente revendidos a outros receptadores que figuravam como “consumidores finais”. Para dissipar o dinheiro obtido de atividades ilícitas, o grupo criminoso também realizou transações envolvendo a compra e venda de joias, que eram oferecidas a traficantes de drogas.

 

 

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Lucas do Rio Verde

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