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Análise Cepea: Desvalorização do dólar desanimou orizicultores, que restringiram ainda mais o volume ofertado no spot – MAIS SOJA

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Os preços do milho operaram em alta na maior parte de setembro, sustentados pela retração de vendedores, que priorizaram os trabalhos de campo e estiveram atentos ao clima quente e seco nas lavouras. A semeadura da safra verão foi iniciada no Sul do País, maior região produtora neste período, mas as temperaturas elevadas durante o mês e o déficit hídrico neste ano podem atrapalhar as atividades.

Vale lembrar que muitos agricultores já finalizaram a colheita da segunda safra 2023/24 em setembro e conseguiram armazenar a produção. Agora, esses agentes limitam a oferta no spot, à espera de novas valorizações. Por outro lado, o baixo ritmo das exportações brasileiras nesta temporada e o avanço da colheita nos Estados Unidos limitaram as altas internas.

PREÇOS 

O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) subiu 6,1% no acumulado de setembro, encerrando a R$ 64,30/sc de 60 kg no dia 30. A média mensal foi de R$ 62,6/saca de 60 kg, 5% maior que a de agosto/24. Entre as praças, no balanço de setembro, os valores avançaram 6,1% no mercado de balcão (ao produtor) e 6,9% no disponível (negociações entre empresas); as médias mensais subiram respectivos 4,2% e 4,8%.

Na B3, preocupações com a oferta para os próximos meses elevaram os futuros. No acumulado de setembro, o contrato Nov/24 avançou 8,1%, fechando a R$ 68,93/sc de 60 kg no dia 30; o vencimento Jan/25 subiu 6%, para R$ 71,26/sc de 60 kg.

EXPORTAÇÃO

O ritmo de negócios e os envios brasileiros ao exterior seguiram enfraquecidos na maior parte do mês. Nem mesmo a alta de preços nos portos brasileiros intensificaram as efetivações; os valores subiram 4,2% no porto de Paranaguá (PR) e 3,3% no de Santos (SP), entre 30 de agosto e 30 de setembro, com médias de R$ 65,75/sc e R$ 66,65/sc, na mesma ordem, no dia 30 de setembro. Já o dólar recuou 3,4% no mesmo período, encerrando o mês cotado a R$ 5,456.

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Considerando-se os primeiros 15 dias úteis de setembro, foram embarcadas 4,69 milhões de toneladas de milho, praticamente a metade do volume escoado em setembro/23 (com 20 dias úteis), de 8,74 milhões de toneladas – dados Secex.

CAMPO

A semeadura da safra verão vem avançando nas principais regiões, favorecida pelo retorno das chuvas no Sul do País, no final do mês. Até o dia 29 de setembro, 21,6% da área nacional havia sido semeada, conforme a Conab.

No Paraná, dados da Seab/Deral indicam que, até o dia 30, a média estadual de semeadura estava em 74%. Por enquanto, a produção é estimada em 2,6 milhões de toneladas. No Rio Grande do Sul, números da Emater/RS mostram que, até o dia 26, a semeadura da safra verão chegou a 49% da área, com as lavouras apresentando desenvolvimento satisfatório. Em Santa Catarina, a Conab relata que 46% da área esperada foi semeada até o dia 29 de setembro.

ESTIMATIVAS 

Em setembro, a Conab divulgou perspectivas para a temporada 2024/25. Especificamente para a safra verão, foi apontada redução de 3% na área, mas aumento de 5% na produtividade, o que deve gerar 23,35 milhões de toneladas, volume 1,7% superior ao da temporada 2023/24.

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Já para a segunda e terceira safras, a estimativa é de área 1% maior, o que fará a produção da segunda subir para 94 milhões de toneladas e a da terceira, para 2,4 milhões de toneladas, respectivos aumentos de 4% e 0,3% entre 2023/24 e 2024/25. No agregado, a produção será de 119,78 milhões de toneladas, incremento de 3,6%.

Para o consumo interno, a Conab aponta elevação de 3,3%, estimado em 87 milhões de toneladas, sustentado pelas procuras aquecidas porparte de usinas de etanol e do setor de proteína animal. Com isso, a exportações devem somar 34 milhões de toneladas, 5,6% menores que as da safra anterior.

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MERCADO EXTERNO

Na Bolsa de Chicago (CME Group), os vencimentos voltaram a avançar em setembro, refletindo preocupações com as safras do Brasil, da Argentina e dos Estados Unidos. No Brasil, o tempo quente e seco nas principais regiões preocupa, enquanto na Argentina é a incidência da cigarrinha-do-milho que tem deixado agricultores em alerta. Nos Estados Unidos, o tempo no Meio-Oeste do país esteve quente e seco, o que pode prejudicar a qualidade das lavouras que estavam em desenvolvimento no início do mês; no final do período, foram as previsões de chuvas que poderiam atrasar a colheita que deram suporte aos valores.

Na Bolsa de Chicago (CME Group), entre 30 de agosto a 30 de setembro, o primeiro vencimento (Dez/24) subiu 5,92%, encerrando ointervalo a US$ 4,2475/bushel (US$ 167,21/t).

No relatório semanal Crop Progress divulgado no dia 29 de setembro, o USDA indicou que 21% da área havia sido colhida nos Estados Unidos, mesmo percentual de 2023, mas acima dos 18% da média dos últimos cinco anos. Na Argentina, estimativas da Bolsa de Cereales para a safra2024/25 indicam que, apesar da redução de 1,3 milhão de hectares, devido a preocupações com o clima e com a cigarrinha-do milho, a produção deverá aumentar 1%, totalizando 47 milhões de toneladas. Quanto à semeadura, até o dia 26, havia somado 10,5% da área nacional.

Confira a Análise Mensal do Milho Setembro/2024 completa, clicando aqui!

Fonte: Cepea



FONTE

Autor:AGROMENSAIS SETEMBRO/2024

Site: CEPEA

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