Legenda: FOTO- FOLHA MAX
Cleber de Souza Ferreira, tenente da Polícia Militar investigado na "Operação Assepsia", registrou um boletim de ocorrência na última segunda-feira (26) acusando o delegado da GCCO (Gerência de Combate ao Crime Organizado), Flávio Henrique Stringueta, de ameaçá-lo na Base Comunitária de Segurança Pública do 1º Batalhão da Polícia Militar, em Cuiabá.
Segundo informações, naquele dia, o delegado Stringueta foi até a 3ª Companhia de Polícia, base do 1º BPM com uma equipe formada por quatro policiais armados e com coletes balísticos.
Comandante da base, Cléber recebeu a equipe em sua sala reservada, já que ele é o comandante da base. Porém, quando ficaram sozinho, o delegado Stringueta teria afirmado que “sabia que este oficial PM estava planejando matar um delegado”.
Outro policial também lançou palavras que o tenente considerou "ameaçadoras". “Este oficial PM deveria rezar para não acontecer nada, que caso acontecesse esse oficial já sabia”.
Na sequência, segundo o oficial da PM, o delegado lhe entregou a cópia de uma denúncia, sem revelar o conteúdo. Ele respondeu que não tinha procedência e que estava colocando a disposição da GCCO seu telefone celular para passar por perícia, além de poder prestar depoimento sobre os fatos denunciados.
Stringuetta recusou a "colaboração" do tenente.
OPERAÇÃO ASSEPSIA
O tenente Cleber é um dos policiais denunciados por participação na entrada de aparelhos celulares, carregadores, chips e fones de ouvido na PCE (Penitenciária Central do Estado) dentro de um geladeira em junho do ano passado.
Além dele, foi preso na operação o então diretor da PCE, Revétrio de Souza, outros dois policiais militares e dois líderes do Comando Vermelho – Marreta e Petróleo, este último já falecido.
Cleber também é investigado na Operação Mercenários, que desmantelou um grupo – formado em sua maioria por policiais – que praticava assassinatos em Cuiabá em troca de dinheiro. Ele é suspeito de, pelo menos, dois homicídios.
Fonte: FOLHA MAX