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Análise mensal do mercado do Arroz – MAIS SOJA

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Os preços do trigo voltaram a subir no mercado brasileiro em abril, influenciados sobretudo pela retração de produtores; os que ainda detêm o cereal de qualidade nesta entressafra preferem esperar para vendê-lo em momentos mais oportunos.

Triticultores seguiram avaliando as condições de mercado, as previsões climáticas e outros fatores para, então, decidirem sobre a semeadura do trigo ou de culturas alternativas. A expectativa de transição do fenômeno climático El Niño para o La Niña pode resultar em chuvas irregulares no período de cultivo, mas em precipitações abaixo da média no período de colheita, o que, neste caso, favoreceria esta atividade.

O movimento de alta nos preços, porém, foi limitado pelas vendas enfraquecidas das farinhas de trigo no Brasil. Representantes de indústrias sinalizaram dificuldade em repassar o valor da matéria-prima para os derivados. A média do cereal negociado no Paraná foi de R$ 1.266,99/tonelada em abril, aumento de 2% frente à de março, mas forte queda de 20,6% sobre a de abril/23, em termos nominais.

No Rio Grande do Sul, a média foi de R$ 1.198,59/t, elevação de 2,1% no comparativo mensal e baixa de 15,4% no anual. Em São Paulo, a média, de R$ 1.313,34/t, ficou 7,4% acima da de março/24 e 23,2% abaixo da de um ano atrás. Já em Santa Catarina, a média, de R$ 1.395,17/t, se manteve estável de março para abril, mas recuou 12,6% comparada à de abril/23.

ESTIMATIVAS 

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza redução neste ano. Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal, na comparação com 2023, somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam o possível recuo no cultivo com a cultura.

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A Conab (dados de abril) projeta queda média de 4,7% na área semeada com trigo em relação à safra anterior, pressionada pela redução no Sul, de 7%; para o Sudeste e o Centro-Oeste, a entidade estima aumento. Apesar da queda na área nacional, projetada pela Conab em 3,3 milhões de hectares, a produtividade pode crescer 26,1% no mesmo comparativo. Assim, a produção está estimada em 9,72 milhões de toneladas, alta de 20,2% frente à finalizada em 2023.

Para a importação, a Conab aponta volume de 5,5 milhões de toneladas entre agosto/24 e julho/25. A disponibilidade interna está prevista em 15,42 milhões de toneladas; e o consumo doméstico, em 12,62 milhões de toneladas. As exportações permaneceram em dois milhões de toneladas. Já em termos mundiais, segundo dados divulgados também em abril pelo USDA, a colheita global é estimada em 787,36 milhões de toneladas, praticamente estável frente ao relatório anterior (786,7 milhões de toneladas), mas queda de 0,3% em relação à safra passada. Esse recente aumento reflete a melhora na produção da União Europeia.

Para o Brasil, o volume produzido permanece projetado em 8,1 milhões de toneladas. Para o consumo global de 2023/24, o USDA aumentou a estimativa entre os relatórios mensais, saindo de 798,97 milhões em março para 800,1 milhões em abril; na comparação entre as safras (2023/24 em relação a 2022/23), a elevação no consumo é de 1,1%. Os estoques finais foram novamente reduzidos e devem somar 258,26 milhões de toneladas, baixa de 5% em relação à temporada anterior.

Quanto aos volumes transacionados internacionalmente, o USDA segue elevando os dados. Agora, a quantidade mundial exportada deve somar 216,69 milhões de toneladas em 2023/24, sendo 0,62% superior ao indicado em março e 0,28% maiorna comparação com a temporada passada.

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PREÇOS DE DERIVADOS 

Em abril, tanto os farelos quanto as farinhas se desvalorizaram, frente à baixa demanda. Para os farelos, as quedas nos preços médios mensais foram de 5,2% para o ensacado e de 10,5% no a granel. Para as farinhas, no mesmo período, os recuos mais expressivos ocorreram para os valores da pré-mistura (-2,7%) e massas em geral (-2,1%).

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MERCADO EXTERNO

As cotações internacionais se sustentaram em abril, diante de problemas climáticos no Hemisfério Norte, como o déficit hídrico, que pode impactar a oferta de 2024, além das tensões no Oriente Médio. De março para abril, na Argentina, os preços FOB do Ministério da Agroindústria subiram 10,7%, com a média passando para US$ 244,75/t. A alta do primeiro vencimento na Bolsa de Chicago foi de 4,2% em igual comparativo, com média de US$ 5,6489/bushel (US$ 207,56/t) para o Soft Red Winter na CBOT. Na Bolsa de Kansas, o primeiro vencimento do trigo Hard Winter subiu 0,6%, para US$5,9488/bushel (US$ 218,58/t).

TRANSAÇÕES EXTERNAS 

Segundo dados da Secex, em abril, com 20 dias úteis, asimportações brasileiras de trigo somaram 417,99 mil toneladas, volume 33,7%superior ao do mesmo período do ano passado (312,71 mil toneladas). O preçomédio do cereal importado foi de US$ 238,5/t FOB origem, queda de 30,3%também no comparativo anual. Já quanto às exportações, o Brasil embarcou369,55 mil toneladas, contra 280,65 mil toneladas em abr/23.

Confira a análise conjuntural agromensal do trigo, clicando aqui!

Fonte: CEPEA – ESALQ/USP



FONTE

Autor:AGROMENSAIS DE ABRIL/2024/CEPEA

Site: CEPEA


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