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Com mais de 17 mil focos, Brasil registra recorde de queimadas em 2024

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. . . . . . . . . . . . . . . 30 de April de 2024

MaisAgro

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18 segundos ago

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Recorde foi puxado pelos estados de Roraima e Mato Grosso. Acumulado de janeiro a abril supera a marca de 2003, que até então era o pior quadrimestre da série histórica.

A um dia de terminar o mês de abril, o Brasil ultrapassou a marca de 17 mil focos de incêndio e superou o pior quadrimestre da história de queimadas registradas no país. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), vinculado ao governo federal e foram atualizados nesta terça-feira (30).

Ao todo, foram registradas 17.064 queimadas de 1º de janeiro a 29 de abril. Um aumento de 81% em relação ao mesmo período de 2023. Os números também superam os 16.988 focos de 1º de janeiro até 30 de abril de 2003, pior período da série histórica, iniciada em 1999.

Os estados de Roraima e Mato Grosso lideram o ranking das queimadas, com 4.609 e 4.122 registros de queimadas, respectivamente – veja os números de cada estado mais abaixo.

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Os biomas com maior número de queimadas registradas este ano são a Amazônia, o Cerrado e a Mata Atlântica. Veja:

  • Amazônia – 8.969 queimadas – 52,6% do total
  • Cerrado – 4.506 queimadas – 26,4%
  • Mata Atlântica – 1.746 queimadas – 10,2%
  • Caatinga – 1.115 queimadas – 6,5%
  • Pantanal – 646 queimadas – 3,8%

Queimada no Pantanal. — Foto: Gustavo Figueroa / Instituto SOS Pantanal

Queimada no Pantanal. — Foto: Gustavo Figueroa / Instituto SOS Pantanal

Luiz Aragão, pesquisador da divisão de observação da terra e geoinformática do Inpe, explica que a ação humana e o fenômeno climático El Niño são fatores que podem ter influenciado na alta dos números.

“O recorde que observamos está relacionado com a ocorrência do fenômeno El Niño, que é o aquecimento do Oceano Pacífico, causando aumento de temperatura em cima do continente e diminuição de chuva, especialmente na fração norte da Amazônia, ao norte do Equador”, disse.

“Isso causa aumento no número de queimadas na região da Roraima, principalmente. A ocorrência dessas queimadas tem uma relação muito forte com a dinâmica do desmatamento. Então o desmatamento, mais o El Niño, você tem uma expansão das queimadas na região Amazônica”, afirmou o pesquisador.

Área de buritizal queimada no Cantá, interior de Roraima — Foto: Ronny Alcântara/Rede Amazônica

Área de buritizal queimada no Cantá, interior de Roraima — Foto: Ronny Alcântara/Rede Amazônica

Ainda segundo Luiz Aragão, mesmo estando em uma estação considerada chuvosa, as queimadas continuam crescendo, pois o El Niño impacta diretamente na diminuição do volume de chuvas no país.

“Na fração sul da Amazônia, abaixo da linha do Equador, estamos na época de chuvas, mas as condições climáticas causadas pelo El Niño reduzem essa chuva que ocorre no continente, então a gente tem chuvas abaixo da média, mesmo durante a estação chuvosa. Essas queimadas acabam sendo maiores do que as médias já observadas devido ao fenômeno do El Niño”, contou.

O pesquisador destaca que para além das questões climáticas, a ação humana continua sendo um dos fatores que provoca maior degradação do meio ambiente.

“A ação humana é a fonte de ignição para o fogo na Amazônia. A Amazônia normalmente não queima sem a ação humana. Durante todos os anos, o fogo ocorre devido a ação humana, com desmatamento, degradação florestal e manejo das áreas já abertas com o uso do fogo”, apontou.

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“Com as atividade humanas, tanto de desmatamento, quanto do manejo das áreas desmatadas aplicando o uso do fogo, nós temos uma maior incidência das queimadas”, finalizou.

Queimada atinge o Cerrado da UFSCar em São Carlos — Foto: Reprodução/EPTV

Queimada atinge o Cerrado da UFSCar em São Carlos — Foto: Reprodução/EPTV

Número de queimadas por estado do Brasil em 2024:

  • Roraima – 4609
  • Mato Grosso – 4122
  • Pará – 1057
  • Bahia – 971
  • Mato Grosso do Sul – 958
  • Maranhão – 781
  • Goiás – 577
  • Tocantins – 503
  • Minas Gerais – 483
  • Ceará – 397
  • Piauí – 370
  • São Paulo – 369
  • Amazonas – 368
  • Paraná – 278
  • Rondônia – 209
  • Pernambuco -197
  • Santa Catarina – 196
  • Rio Grande do Sul – 147
  • Alagoas -119
  • Paraíba – 68
  • Rio Grande do Norte – 68
  • Sergipe – 63
  • Espírito Santo – 63
  • Rio de Janeiro – 51
  • Acre – 24
  • Distrito Federal – 10
  • Amapá – 6

Mesmo liderando o ranking de queimadas, Roraima e Mato Grosso estão numa trajetória descendente. O estado do Norte teve 2.057 registros em fevereiro – recorde absoluto no estado. Em março, o índice caiu para 1.429. E até o dia 29 de abril, foram 519 ocorrências.

Mato Grosso começou o ano acima da média histórica do estado, com 847 e 863 registros em janeiro e fevereiro. Teve um pico de queimadas em março, com 1.624 ocorrências. E caiu para 797 em abril.

O g1 acionou o Ministério do Meio Ambiente e os governos de Mato Grosso e Roraima. O Governo do Mato Grosso disse, por meio de nota, que “o Estado passa por um período atípico desde o final de 2023, com pouca incidência de chuvas e baixa humidade. Com isso, o material orgânico seco, como a turfa, se acumula, o que facilita a combustão”.

A nota ainda acrescenta que foi publicado decreto com prazos ampliados para o período proibitivo de uso do fogo em 2024. Na Amazônia e Cerrado, o uso do fogo fica proibido entre 1º de julho a 30 de novembro. No Pantanal, entre 1º de julho e 31 de dezembro.

O Governo de Roraima ainda não enviou uma posição sobre o assunto.

Queimada — Foto: TV Globo

Queimada — Foto: TV Globo

MaisAgro

Pedra Preta atrai interessados em investir no futuro Distrito Industrial após o Governo asfaltar a MT-459

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4 horas ago

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30 de abril de 2024

Asfaltamento de estrada de chão facilitará acesso a setor industrial e ainda o transporte de produção até terminal ferroviário

Desde a conclusão dos mais de 23 quilômetros de asfalto na MT-459 pelo Governo do Estado, a Prefeitura de Pedra Preta já registrou pelo menos 60 pedidos de empresas interessadas em se estabelecer no futuro distrito industrial da cidade. A facilidade de acesso agora oferecida é um dos principais atrativos para os investidores industriais. A obra contou com investimento estadual de R$ 30 milhões.

“Essa obra é muito importante para nós, inclusive quando ela ainda estava em execução o município se anteviu e comprou uma área de dez alqueires, onde está sendo construído o primeiro distrito industrial do município. Agora, as empresas estão pedindo para se instalar aqui pela facilidade de ir de Pedra Preta até o terminal ferroviário, o que vai gerar renda e empregos”, declarou o secretário de Planejamento de Pedra Preta, Vanderlei Sartori.

O edital para a ocupação dos lotes no distrito industrial está previsto para ser lançado assim que o registro do loteamento for aprovado pelo cartório.

Potencial econômico de Pedra Preta melhorou após obra, como destacou prefeita do município

Potencial econômico de Pedra Preta melhorou após obra, como destacou prefeita do município Crédito – Secom-MT

Esse passo é necessário para formalizar e organizar a instalação das empresas interessadas.

O distrito industrial será construído em uma área adquirida pela prefeitura em 2021, localizada às margens da BR-364, especificamente para este fim.

Desde então, medidas estão sendo adotadas para desenvolver o projeto de loteamento e a infraestrutura necessária, incluindo pavimentação, drenagem, esgoto e iluminação pública.

O potencial econômico da cidade melhorou depois dessa obra conduzida pela Secretaria Estadual de Infraestrutura (Sinfra), segundo a prefeita Iraci Ferreira, porque dá acesso ao Distrito Industrial e ao terminal ferroviário.

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“Essa obra da MT-459 traz um potencial para a nossa cidade, porque ela dá acesso para esse distrito e para a ALL, para a linha de trem, e vai ficar muito mais fácil fazer a logística da produção, principalmente para essas empresas novas”, pontuou.

Antes dessa obra, para chegar ao Terminal Ferroviário, os motoristas que saíam de Pedra Preta precisavam percorrer um trecho de 24,5 km pela BR-364 até Rondonópolis e depois mais 25 km até o terminal e agora essa distância reduziu para 25 km.

O asfaltamento dessa rodovia é mais uma das obras do Governo do Estado em Pedra Preta. “Agradecemos ao governador Mauro Mendes que vem nos apoiando em vários projetos, incluindo as casas do SER Família”, acrescentou.

Estrada de terra foi asfaltada pelo Governo de MT e melhorou logística da região – Foto: Marcos Vergueiro/ Secom-MT

MaisAgro

Mauro cita bloqueio dos bens de pecuarista e diz que desmatador se apoia na impunidade

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9 horas ago

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30 de abril de 2024

Em entrevista nesta segunda-feira (29), o governador Mauro Mendes (União) citou que a Justiça bloqueou os bens do pecuarista Claudecy Oliveira Lemes para garantir o valor da multa de R$ 2,8 bilhões que foi aplicada. O pedido de prisão contra o fazendeiro não foi aceito e Mauro pontuou que desmatadores como este se apoiam na impunidade e na lentidão da Justiça para cometerem os crimes ambientais.

Claudecy é investigado por desmate químico no Pantanal Mato-Grossense, em áreas que totalizam 81 mil hectares. Em decisão recente, o juiz João Francisco Campos de Almeida manteve a decisão que negou o pedido de prisão contra o pecuarista por entender que não há nada irregular na decisão que deixou ele solto.

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Nesta segunda-feira (29), em entrevista, o governador Mauro Mendes disse que o problema do Brasil não é a falta de leis, mas, sim, a capacidade de aplicá-las corretamente para inibir a criminalidade. Ele afirmou que criminosos, como no caso de Claudecy, se apoiam na impunidade.

“A impunidade no Brasil virou regra, as pessoas acham que vão conseguir se safar, que vai prescrever, porque durante muito tempo [existiu] e ainda existe ineficiência no setor público brasileiro, então as pessoas jogam com isso a seu favor”.

Ele disse que o pecuarista usou de estratégias diferentes para tentar burlar o sistema de fiscalização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e praticar desmatamento no Pantanal, mas no fim acabou sendo pego.

“Ele foi inteligente, ele não fez isso com trator de esteira, porque os nossos sistemas pegam em 24 horas qualquer desmatamento acima de um hectare, e o que ele fez? Usou aqueles produtos químicos […], alguns tipos de venenos que você aplica por avião e gradativamente vai matando as árvores. E matando as árvores abre espaço para a pastagem, que ele joga com avião também as sementes”.

Mendes citou que Claudecy foi autuado em R$ 2,8 bilhões por causa do crime ambiental e explicou que a fazenda dele não cobriria o valor da multa. Ele disse que, então, o Governo procurou a Justiça para pedir o bloqueio dos demais bens.

“A polícia foi lá, apreendeu avião, apreendeu máquina, só não prendeu o cara porque a lei brasileira não permite, o pedido de prisão foi feito, fizemos um auto de infração de R$ 2,8 bilhões. Na última sexta-feira agora, nós pedimos na Justiça e ela decretou o bloqueio de todos os bens dele, além dessa fazenda, para garantir o valor dessa multa, porque a fazenda não vale isso”.

Mauro voltou a defender o perdimento de terras para quem praticar desmatamento ilegal no Brasil, destacando que este crime causa muitos prejuízos à imagem do agronegócio brasileiro, afetando, assim, a nossa economia.

Agro Mato Grosso

MT lidera investimentos per capita no Brasil; 253% acima da média nacional I Mato Grosso

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1 dia ago

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29 de abril de 2024

Além disso, Estado se destaca por sua independência financeira da União, segundo relatório da Firjan e STN

Mato Grosso se destacou como líder em investimentos per capita entre os estados brasileiros em 2023, com aportes que alcançaram R$ 1.828 por habitante, o que representa um aumento de 253% em relação à média nacional de R$ 517. Esses dados foram fornecidos pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

Enquanto outros 23 estados, incluindo o Rio de Janeiro e Minas Gerais, enfrentam sérias restrições financeiras com grandes déficits orçamentários previstos para 2024, Mato Grosso mantém suas contas equilibradas, sem previsão de déficit para este ano.

O Governo do Estado tem sido eficiente na alocação de recursos em áreas essenciais, como educação, saúde e segurança, demonstrando um modelo de gestão fiscal e orçamentária que promove tanto a estabilidade econômica quanto o desenvolvimento social.

“Mato Grosso fez a lição de casa e passou a ter capacidade de fazer investimentos recordes para a população. São seis novos hospitais, quase 200 novas pontes, dezenas de escolas, 3.500 km de asfalto novo, convênios para infraestrutura dentro das cidades e centenas de outros investimentos para devolver, em forma de obras e ações, aquilo que os mato-grossenses pagam de imposto”, destacou o governador Mauro Mendes.

Desde 2021, Mato Grosso tem investido acima dos 15% da receita corrente líquida – valor que atingiu os 19,8%, em 2023.

No ano passado, o Estado atingiu a marca de mais de R$ 5,5 bilhões investidos em convênios com municípios, valor jamais alcançado em gestões anteriores.

Além disso, Mato Grosso possui menor dependência de auxílio federal. O Estado, segundo o relatório, está em uma posição fiscal estável e é o que tem requerido menos socorro financeiro da União em comparação com outros estados.

Mato Grosso reduziu pela metade a dívida herdada, de R$ 6,46 bilhões em 2019 para R$ 3,78 bilhões em 2023, evidenciando uma governança fiscal responsável e independente.

Agro MT

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