AGRONEGÓCIO

Com relatórios do USDA sem grandes novidades, cotações do milho se mantiveram estáveis em Chicago – MAIS SOJA

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As cotações do milho, em Chicago, se mantiveram relativamente estáveis, com o fechamento desta quinta-feira (13) ficando em US$ 4,58/bushel, para o primeiro mês cotado, contra US$ 4,53 uma semana antes.

O relatório do USDA, divulgado no dia 12/06, também aqui trouxe poucas novidades em relação ao anunciado em maio. Assim, para o novo ano comercial 2024/25, a produção estadunidense de milho ficou mantida em 377,5 milhões de toneladas, enquanto os estoques finais não se alteraram, permanecendo em 53,4 milhões de toneladas. Já a produção mundial de milho foi elevada em quase um milhão de toneladas, atingindo a 1,220 bilhão de toneladas. Por sua vez, os estoques finais globais, no novo ano, chegariam a 310,8 milhões, ou seja, um recuo de quase dois milhões sobre o indicado em maio passado. A produção do Brasil e da Argentina foram mantidas em 127 e 51 milhões de toneladas respectivamente, com o Brasil devendo exportar um volume total de 49 milhões de toneladas em 2024/25. Assim, o preço médio do cereal, aos produtores estadunidenses, no novo ano comercial, está estimado em US$ 4,40/bushel, repetindo o valor indicado em maio passado.

 Dito isso, a área semeada com milho, nos EUA, até o dia 09/06, chegava a 95% do total, contra 84% na média histórica para a data. Já as condições das lavouras semeadas mostravam-se com 74% entre boas a excelentes.

Por outro lado, os embarques estadunidenses de milho atingiram a 1,34 milhão de toneladas na semana encerrada em 06/06, ficando dentro do esperado pelo mercado. Com isso, o total já embarcado, no atual ano comercial, chega a 39,1 milhões de toneladas, ou seja, 26% acima do registrado no mesmo período do ano anterior.

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E no Brasil, os preços do milho cederam um pouco nesta semana. A média gaúcha ficou em R$ 56,98/saco, enquanto as principais praças continuam praticando R$ 55,00. Nas demais regiões brasileiras, os preços oscilaram entre R$ 35,00 e R$ 58,00/saco. Já na B3, os contratos iniciais oscilaram entre R$ 58,74 e R$ 69,74/saco no fechamento do dia 12/06. O recuo nos preços do milho vem na esteira de uma aceleração na colheita da safrinha, mesmo que esta venha menor do que o inicialmente esperado. Ao mesmo tempo, a demanda está recebendo lotes negociados antecipadamente ou prioriza os estoques existentes, atuando pouco, neste momento, no mercado disponível da nova safra.

Neste sentido, a colheita da safrinha do Centro-Sul brasileiro atingia a 10,4% da área, contra 2,2% no mesmo período do ano passado, segundo a consultoria AgRural.

Todavia, a Conab informa uma área menor já colhida, apontando 7,5% da área total, contra 1,7% em igual momento de 2023. Segundo o órgão público, o Mato Grosso havia colhido 11,2%, o Paraná 7%, o Mato Grosso do Sul 5%, Tocantins 3% e Goiás 2,5% no final da semana anterior.

Registra-se uma redução das chuvas no Norte e Noroeste do Paraná, o que vem prejudicando as lavouras da safrinha local, assim como Mato Grosso do Sul e Minas Gerais também estão enfrentando clima seco e quente.

Ao mesmo tempo, ainda segundo a Conab, a colheita da primeira safra 2023/24 teria atingido a 85,2% do total previsto. Os Estados mais avançados na colheita são: São  Paulo, Paraná e Santa Catarina (100%), Minas Gerais e Goiás (99%), Rio Grande do Sul (95%), Bahia (81%), Piauí (48%) e Maranhão (30%).

Especificamente no Mato Grosso, a colheita da segunda safra, até o dia 07/06, atingia a 10,7% da área total, contra a média histórica de 9,2%. No ano passado, nesta época, a mesma atingia a apenas 3,6% da área semeada. O Mato Grosso espera colher um total de 45,8 milhões de toneladas de milho nesta safra 2023/24. Mesmo assim, 12,8% a menos do que o colhido no ano anterior, a partir de uma redução de 7,3% na área plantada e de 5,8% na produtividade média obtida. (cf. Imea)

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Já no Paraná, segundo o Deral, 13% das lavouras da segunda safra estavam colhidas no final da semana anterior, sendo que das restantes, 66% estavam em maturação. Ao  mesmo tempo, das lavouras a serem colhidas, 52% estavam em boas condições, 31% regulares e 17% ruins, repetindo o quadro da semana anterior.

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E no Rio Grande do Sul, 94% da safra de verão de milho estava colhida até o dia 06/06, ficando este percentual exatamente dentro da média histórica. (cf. Emater)

Enquanto isso, a Secex indicou que o Brasil exportou 175.306 toneladas de milho na primeira semana de junho, com tal volume representando 16,9% do total exportado em todo o mês de junho do ano passado. A média diária, dos primeiros cinco dias úteis de junho, registrou um recuo de 28,8% em relação a média de junho de 2023.

Por sua vez, a Anec estima que, neste mês de junho, o país deverá exportar 1,05 milhão de toneladas de milhoEnfim, o Imea apontou que a comercialização da safrinha mato-grossense de 2023/24/ teria chegado a 37,4% do total nesta semana, sendo que o preço médio atingiu a R$ 37,92/saco.

Autor/Fonte: CEEMA UNIJUÍ – Prof. Dr. Argemiro Luís Brum – Comentários referentes ao período entre 07/06/2024 e 13/06/2024


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