Search
Close this search box.

AGRONEGÓCIO

Soja -RS: Área colhida aumentou de 38% para 49% do total cultivado – MAIS SOJA

Publicado em

soja-rs:-area-colhida-aumentou-de-38%-para-49%-do-total-cultivado-–-mais-soja

Observou-se um avanço substancial na colheita até o dia 10/04, atribuído às condições climáticas mais secas, que permitiram a operação em solo mais enxuto e em grãos com teor de umidade próximas ao ideal.

A extensão da área colhida aumentou de 38% para 49% do total cultivado. A decisão de acelerar a colheita foi motivada pelas projeções de aumento nos índices pluviométricos para os períodos seguintes. A colheita avançou de forma mais expressiva nas regiões Norte e Oeste do Estado, onde foram colhidos 70%; já no Sul e Leste, a taxa média atinge 30%.

A recorrência das precipitações representa o principal desafio em relação às áreas de cultivo remanescentes, pois há risco de impacto negativo na produtividade. Restam consideráveis extensões de lavouras por colher, especialmente na metade sul do Estado, onde o ciclo da oleaginosa foi encerrado.

Caso o excesso de umidade se prolongue, esses grãos ficarão suscetíveis a perdas pós-maturação, tais como apodrecimento, infestação fúngica, germinação prematura e debulha causada pela oscilação entre a secagem e o umedecimento das vagens. Além disso, há riscos relacionados à operação mecanizada de colheita em terrenos excessivamente úmidos, bem como dificuldades logísticas para o transporte dos grãos até os pontos de armazenamento e comercialização, dada as precárias condições de tráfego nas estradas secundárias, que apresentam acumulação de barro.

A produtividade apresenta variação, mas, em sua maioria, continua excedendo as expectativas iniciais. Essa considerável variabilidade está atribuída, entre outros fatores, ao índice pluviométrico ocorrido durante o ciclo reprodutivo. Observou-se redução significativa desse índice no Sudeste do Estado e, em menor medida, no Noroeste; nas demais regiões, o volume de chuvas foi suficiente. A intensidade da infestação de doenças no final do ciclo também impactou esses resultados.

A produtividade média estimada para o Estado é de 3.339 kg/ha. Em relação ao manejo fitossanitário, continuaram as pulverizações com fungicidas, aproveitando as breves janelas climáticas favoráveis, nas lavouras de ciclo mais longo, semeadas no final de janeiro. Essas aplicações visaram proteger as lavouras contra ferrugem-asiática e outras doenças até o encerramento do ciclo, previsto para o final de abril.

Fases da cultura de soja no Rio Grande do Sul

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Campanha, a colheita progrediu lentamente, e os rendimentos variam significativamente. Em Dom Pedrito, foram registrados mais de 260 mm de precipitações nas duas primeiras semanas de abril, representando o volume mais elevado para esse período nos últimos 40 anos. Completados os ciclos vegetativos em várias áreas há dias, a preocupação se concentra na ocorrência de chuvas.

Em Candiota, nas lavouras localizadas em coxilhas afetadas pela estiagem, os rendimentos foram inferiores a 1.200 kg/ha. As áreas com maturação prevista para o final de abril e ao longo de maio apresentam melhor potencial produtivo, estimado entre 1.800 e 2.400 kg/ha, embora prejudicadas pelo impacto do plantio tardio.

Leia Também:  O Boletim do Leite de agosto já está disponível!

Em Caçapava do Sul, localizam-se as lavouras mais promissoras da região, beneficiadas pela adequada distribuição das precipitações durante a fase reprodutiva, proporcionando produtividade média estimada de 3.300 kg/ha. Na Fronteira Oeste, em Maçambará, apenas 30% das lavouras foram colhidas em razão das chuvas recentes. As produtividades variam entre 2.040 e 2.520 kg/ha, nas áreas mais impactadas pela estiagem, ocorrida em fevereiro, e atingem até 3.000 kg/ha, onde houve chuvas pontuais durante o mesmo período.

Anúncio

Em Manoel Viana, o avanço da colheita tem sido mínimo, alcançando somente 32% da área cultivada. Apesar de cientes da elevada umidade dos grãos e dos descontos potenciais, devido à necessidade de secagem e à presença de impurezas, os produtores optaram por iniciar a colheita nas áreas em que o acesso do maquinário estava viável, considerando as previsões de altos volumes de chuva para os próximos dias, que podem resultar em perdas ainda mais significativas.

Na de Caxias do Sul, a colheita avançou no início do período, mas foi suspensa em função das chuvas, resultando em aproximadamente 55% de áreas colhidas, que exibem qualidade satisfatória de grãos. As lavouras semeadas tardiamente podem apresentar rendimentos inferiores em comparação às primeiras áreas colhidas devido ao plantio realizado fora da janela ideal de semeadura e à maior incidência de doenças, especialmente ferrugem-asiática. O rendimento médio da safra permanece em 3.800 kg/ha.

Na de Erechim, 65% da área foi colhida, e 35% encontram-se em fase de maturação. A produtividade se mantém próxima a 3.800 kg/ha.

Na de Frederico Westphalen, a colheita está em andamento, e as expectativas de rendimentos são favoráveis, até mesmo superiores às projeções iniciais. As áreas colhidas estão confirmando essa tendência positiva de produtividade. O mau tempo não tem afetado a operação, que está sendo realizada no momento ideal em termos de maturação e umidade.

Até o momento, 72% da safra foi colhida; 8% encontra-se em fase de enchimento de grãos; e 20%, em maturação. As áreas restantes a serem colhidas estão nas lavouras implantadas após a colheita de milho, tabaco ou outras culturas, concentradas principalmente ao longo da costa do Rio Uruguai, em Vicente Dutra, Pinheirinho do Vale, Caiçara, Iraí, Alpestre, entre outros, onde a porcentagem de área colhida está em torno de 60%.

Já nas regiões onde a soja é cultivada após a colheita de trigo, como em Ronda Alta, Sarandi e Chapada, a área colhida atinge cerca de 85%. A produtividade média obtida está próxima de 3.800 kg/ha.

Na de Ijuí, a colheita prosseguiu intensa na Região Celeiro, onde as precipitações foram menores. Nas áreas mais afetadas pelo clima úmido, como em Alto Jacuí, houve pouco progresso. No momento, 70% das lavouras foram colhidas e mantêm altos níveis de produtividade, revelando diferenças significativas entre elas, com rendimentos variando de 3.300 a 4.800 kg/ha.

Leia Também:  Londrina, no Paraná, sedia o SuperAgro

Em Ibirubá e Colorado, a operação não avançou em razão da escassez de dias ensolarados e dos altos volumes de precipitação. Em Jóia, a colheita alcançou cerca de 40%, e os atrasos se devem às condições ambientais, porém as lavouras não apresentam deterioração de grãos.

Na de Passo Fundo, 35% das lavouras estão em estágio de maturação para a colheita, e 65% foram colhidas. A produtividade atual permanece em torno de 4.000 kg/ha. Na de Pelotas, o tempo encoberto, a presença de neblina e, a partir da metade do período, a ocorrência de chuvas em volumes variáveis dificultaram e interromperam a colheita.

A produtividade tem oscilado bastante, mas, de forma geral, situa-se entre 2.400 e 3.300 kg/ha. Algumas lavouras alcançam 3.900 kg/ha. A maioria das lavouras encontra-se na fase de enchimento de grãos (43%), seguida pela fase de maturação (33%), em floração (1%), e colhidas (23%). Em decorrência das perdas significativas causadas pelas adversidades climáticas, em especial a falta de chuvas, alguns produtores estão acionando o seguro agrícola.

Anúncio

Na de Santa Maria, ocorreram chuvas generalizadas e intensas. Em muitos municípios, o acumulado variou de 100 mm a 230 mm, atingindo o pico em Jaguari. Essas precipitações interromperam o progresso da colheita, que vinha ocorrendo em um ritmo acelerado. A maioria das lavouras completou o ciclo: 48% estão em maturação; e 32%, colhidos. Restam 20% em enchimento de grãos. A produtividade média permanece em torno de 3.300 kg/ha.

Na de Santa Rosa, em função dos prognósticos de chuvas, os produtores aproveitaram os poucos momentos de tempo seco, no início da semana, para intensificar a colheita, que atingiu 70%. Estão 6% das lavouras na fase de enchimento de grãos, e 24% na fase de maturação. Em alguns municípios, a colheita alcançou 85%. A produtividade varia entre 2.700 e 4.800 kg/ha, influenciadas principalmente pelo manejo adotado para a prevenção de ferrugem-asiática, que este ano tem impactado na produção.

Na de Soledade, a colheita evoluiu na primeira metade da semana. Na Região Centro Serra, aproximadamente 65% das lavouras foram colhidas. No Alto da Serra do Botucaraí, cerca de 40%. E em torno de 20% no Vale do Rio Pardo, onde ainda há 22% da área em fase de enchimento de grãos. A interrupção na colheita causa apreensão, dado que a maior parte das lavouras está pronta para a colheita.

Comercialização (saca de 60 quilos)

O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, aumentou em 0,37%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 119,06 para R$ 119,50.

Fonte: Emater RS



FONTE

Autor:Informativo Conjuntural 1811

Site: EMATER/RS


Post Views: 93

Anúncio
COMENTE ABAIXO:
Anúncio

Lucas do Rio Verde

MAIS LIDAS DA SEMANA