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Veja as condições e a evolução de plantio da soja nos EUA

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As doenças fúngicas são frequentemente o foco do manejo fitossanitário de diversas culturas agrícolas, e com o trigo não é diferente. Além do complexo de manchas que acomete o trigo, doenças como oídio (Blumeria graminis f. sp. Tritici), ferrugem da folha (Puccinia triticina) e giberela (Fusarium graminearum) apresentam elevada capacidade em causar danos, comprometendo não só a produtividade, como também, a qualidade do trigo produzido.

Para a maioria dessas culturas, o controle químico com o uso de fungicidas é o método mais empregado no manejo das doenças, entretanto, visando reduzir a intensidade das doenças fúngicas, medidas integradas de manejo necessitam ser adicionadas ao controle  químico. No entanto, para isso, é preciso conhecer os fungos.

Os fungos fitopatogênicos podem ser classificados em relação ao seu requerimento nutricional como biotróficos, necrotróficos e hemibiotróficos. Os fungos biotróficos são aqueles que só sobrevivem e se multiplicam em plantas vivas. Considerados parasitas, esses fungos se alimentam dos nutrientes das plantas, deixando-a debilitadas.


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Já os fungos necrotróficos são aqueles com capacidade de sobreviver e se multiplicar nos resíduos culturais (células mortas). Eles atacam preferencialmente plantas jovens, deixando-as debilitadas e podendo causar a morte da cultura. Os hemibiotróficos por sua vez, apresentam as características dos dois tipos citados anteriormente, iniciando seu desenvolvimento como biotróficos e finalizando como necrotróficos.

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Conhecer essas características é importante para embasar práticas de manejo relacionadas ao manejo integrado de doenças. A rotação de culturas, por exemplo, possibilita a redução da incidência de fungos necrotróficos, enquanto, o controle de plantas daninhas e plantas voluntárias (tiguera) possibilita a quebra do ciclo de fungos biotróficos.

Nesse sentido, ao conhecer o histórico fitossanitário da propriedade, bem como o requerimento nutricional dos fungos, estratégias de manejo complementares ao controle químico podem ser utilizadas para a redução da incidência de doenças no trigo, refletindo na manutenção da produtividade e da qualidade dos grãos produzidos, bem como, reduzindo a pressão de controle sobre os fungicidas, contribuindo também, para o manejo da resistência das doenças aos fungicidas.

Confira abaixo a classificação dos principais patógenos causadores de doenças do trigo, quando ao requerimento nutricional deles.

Tabela 1. Doenças, agentes causais e classificação em relação ao requerimento nutricional do patógeno.
Fonte: Cunha & Caierão (2023)

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Referências:

CUNHA, G. R.; CAIERÃO, E. INFORMAÇÕES TÉCNICAS PARA TRIGO E TRITICALE: SAFRA 2023. Embrapa, 2023. Disponível em: < https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/doc/1153536/1/InformacoesTecnicasTrigoTriticale-Safra2023.pdf >, acesso em: 27/05/2024.

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