A ex-deputada federal e pastora Flordelis dos Santos de Souza foi condenada , neste domingo (13), a 50 anos e 28 dias de prisão por ter orquestrado o assassinato do seu marido, pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019.
Flordelis, que já está presa há mais de um ano, foi condenada por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado, uso de documento falso e associação criminosa armada, em julgamento encerrado neste domingo no Tribunal do Júri de Niterói (RJ). Ela, porém, não foi a única.
Sua filha biológica Simone dos Santos Rodrigues foi condenada a 31 anos e quatro meses de prisão por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado e associação criminosa armada.
No mesmo tribunal, outros três familiares que supostamente estariam envolvidos com o crime foram inocentados:
Rayane dos Santos, neta biológica de Flordelis;
Marzy Teixeira, filha afetiva de Flordelis;
André Luiz de Oliveira, filho afetivo de Flordelis.
Há cerca de um ano, outros dois filhos da pastora já tinham sido condenados pela Justiça. Flávio dos Santos Rodrigues, filho biológico, é o acusado de ter atirado no padrasto, e foi condenado a 33 anos e dois meses de prisão por homicídio triplamente qualificado, porte ilegal de arma, uso de documento ilegal e associação criminosa armada.
Já Lucas Cézar dos Santos Souza, filho afetivo da ex-deputada, foi condenado a sete anos e seis meses por homicídio triplamente qualificado, acusado de ter comprado a arma do crime. Sua pena foi reduzida por ele ter colaborado com as investigações.
Por que Anderson do Carmo foi assassinado?
A família teria se unido para organizar a morte do pastor Anderson do Carmo por questões financeiras e de poder, já que ele controlava todo o dinheiro do Ministério Flordelis, no qual a ex-deputada era pastora.
Durante os depoimentos do julgamento, que aconteceram nesta semana, os familiares também citaram que Anderson do Carmo abusava sexualmente de filhas e netas.
Marzy Teixeira, filha afetiva do casal que foi inocentada, confessou no interrogatório que começou a organizar o plano do homicídio por conta desses abusos, mas que depois desistiu e não fez parte do assassinato.