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Parte BR-376 pode desabar, diz Defesa Civil do Paraná

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Trabalhos continuam na BR-376 após deslizamento de terra; rodovia paranaense pode desabar
Adryel Pabst/Prefeitura de Guaruva – 29.11.2022
Trabalhos continuam na BR-376 após deslizamento de terra; rodovia paranaense pode desabar

As fortes chuvas que não cessam no Paraná preocupam a Defesa Civil do estado que  procuram por vítimas de um  deslizamento de terra que carregou 15 carros e seis caminhões na última segunda (28). Segundo a corporação, há risco que parte da BR-376 possa desabar.

Mesmo com o tempo dificultando a procura por desaparecidos, ao menos seis pessoas já foram resgatadas com vida, e duas, infelizmente, mortas. Carros e caminhões que passavam pelo local na noite de segunda foram carregados pela terra que deslizou sobre a rodovia.

Segundo o Coordenador da Defesa Civil do Paraná, coronel Fernando Shunig, o trecho da rodovia está totalmente instável. Tanto que as buscas tiveram que ser interrompidas no final da terça-feira (30).

“Essa terra tem um peso muito grande sobre a pista, e uma pista que está sobre uma região suspensa, correndo o risco, inclusive, de desabar a pista. É um cenário muito complexo de ser trabalhado”, afirmou Shunig.

Já o comandante do Corpo de Bombeiros do Paraná, coronel Manoel de Figueiredo Junior, pontuou que a região está com alto risco de novos deslizamentos.

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Geólogos avaliam que o trabalho de retirada da terra só conseguirá engrenar quando a chuva parar, e apontam que o monitoramento das encostas deve ser permanente.

Veja o que se sabe sobre o deslizamento

Como ocorreu o acidente?

Segundo a Defesa Civil, houve dois deslizamentos. O primeiro começou por volta das 15h30 de ontem, quando um terreno inclinado cedeu e uma das pistas foi interditada. Apesar do risco, o trânsito foi normalizado em uma via única. Ao anoitecer, às 19h30, o segundo deslizamento atingiu carros e caminhões, fazendo com que os dois sentidos da rodovia fossem bloqueados.

O talude que cedeu alcançou 200 metros das duas pistas. A chuva no local era volumosa, o que intensificou o trânsito.

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As vítimas

Até o momento de publicação desta matéria, duas pessoas foram mortas pelo acidente. A primeira vítima foi confirmada pela Polícia Rodoviária Federal por volta das 10h desta terça-feira (29). A segunda vítima foi noticiada pelo Corpo de Bombeiros nesta tarde.

O resgate e a busca por desaparecidos foi iniciado ainda na segunda-feira, mas precisou ser interrompido devido à instabilidade do tempo. A ação foi retomada na manhã de hoje.

Onde o deslizamento ocorreu e quais vias foram interditadas?

Os deslizamentos ocorreram no km 669 da BR-376, no trecho de serra. O local é conhecido como ‘Curva da Santa’, onde já aconteceram vários acidentes.

A rodovia faz a ligação entre os estados do Paraná e Santa Catarina e está interditada há mais de 12 horas.

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Os outros trechos bloqueados são: da praça de pedágio de São José dos Pinhais (PR), no km 635 da BR-376; a unidade operacional da PRF em Tijucas do Sul (PR), no km 662 da BR-376; e a praça de pedágio de Garuva (SC), no km 1,3 da BR-101.

As autoridades já sabiam do risco?

Em coletiva, Defesa Civil afirmou que concessionária Arteris Litoral Sul, sabia dos riscos e esse seria o motivo para não realizar obras na pista.

Em coletiva de imprensa nesta terça-feira, o coronel Fernando Raimundo Schuning afirmou que a Arteris tinha conhecimento  sobre a “vulnerabilidade técnica” e que o volume de chuva era um risco para o tráfego na pista.

“É uma área de bastante vulnerabilidade técnica e necessita obras de contenção disso aí. Tanto que a concessionária estava fazendo obras, trabalhando nesse local, prevendo e sabendo desse risco”, explicou o coronel.

Os governos dos estados do Paraná e de Santa Catarina informaram que enviaram reforços para as buscas. A gestão paranaense publicou ainda um decreto emergencial com o intuito de “garantir estrutura e os equipamentos para fazer o resgate das vítimas e trabalhar na desobstrução das vias”.

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Fonte: IG Nacional

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