O modelo é avaliado em R$ 120 mil e foi levado pela Polícia Civil no apartamento que a jovem também alugava. De acordo com as investigações, os aluguéis do veículo e do apartamento foram pagos com o dinheiro da formatura.
Outros itens de Alicia também foram recolhidos na ocasião, como cartões de crédito e um diário.
O total do dinheiro retirado da comissão de formatura utilizado por Alicia para benefício próprio ainda é desconhecido. O estilo de vida que a jovem estava levando nos últimos meses, porém, “é incompatível com a renda que ela tinha de, no máximo, quatro mil e poucos reais” por mês, conforme afirmou a delegada na última semana.
De acordo com a polícia, ela recebia valores de fontes diferentes. Ela tinha R$ 1.000 para auxílio-pesquisa, R$ 1.800 para o curso de doutorando e outras fontes de renda de “pequenos trabalhos”.
“A maior parte do valor está relacionada à infraestrutura física e eles [Ás Formaturas] disseram que iriam absorver os valores com seus fornecedores parceiros”, disse Farid sobre a festa, nessa segunda (23). O evento deveria custar por volta de R$ 1,8 milhão.
De acordo com a empresa, os outros alunos que compunham a comissão de formatura sabiam que o dinheiro estava sendo transferido para contas no nome de Alicia.
Na última sexta (20), ela teve quebra do sigilo bancário decretada . O pedido da polícia paulista foi feito no último dia 17, e o objetivo do acesso às contas bancárias da aluna de 25 anos é rastrear o fluxo financeiro dala em relação às transações referentes ao dinheiro da comissão de formatura .
Conforme a delegada Zuleika Gonzalez, ao assumir que o dinheiro não estava sendo bem administrado pela “Ás Formaturas”, ela optou por investir todo o montante financeiro de maneira independente. Nubank e Banco do Brasil foram os bancos usados por ela para guardar o dinheiro.
Quando se deu conta de que os investimentos não estavam dando resultado, Alicia, então presidente da comissão de formatura da turma 106 da FMUSP, começou a se desesperar e passou a fazer apostas em casas lotéricas .
Outra parte do dinheiro foi usado para custear despesas pessoais da estudante.