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Entidades indicam juíza de Mato Grosso para vaga de ministra no STF

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Amini Haddad Campos, magistrada de carreira do Poder Judiciário de Mato Grosso, foi indicada pela Associação Brasileira de Mulheres das Carreiras Jurídicas (ABMCJ) e pelo Instituto Unidos Brasil (IUB) a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Em carta encaminhada ao presidente Lula, as entidades pontuaram a competência da juíza e lamentaram que, durante seu governo, o ex-presidente Jair Bolsonaro indicou apenas homens.

 

A próxima vaga no STF será aberta com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, que completa 75 anos em outubro deste ano. A magistrada foi indicada por Dilma Rousseff em 2011, e sua cadeira será ocupada por nova indicação do Partido dos Trabalhadores (PT).

 

Na carta a Lula a ABMCJ e o IUB lembraram que a juíza Amini Haddad Campos, com 49 anos de idade, está há mais de 24 anos atuando como juíza no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, é professora efetiva da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e se destaca na pasta de Direitos Humanos de Mulheres e Meninas em todo o mundo.

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Haddad também é juíza auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça, na gestão da Ministra Rosa Weber. As entidades reforçaram a importância de ter uma mulher com estas qualidades no STF, algo que não foi reconhecido pela administração passada.

 

“Contudo, infelizmente, no anterior governo, nas duas oportunidades, o Presidente à época (Jair Bolsonaro), indicou apenas homens […]. Apesar da anterior gestão apresentar, ao que tudo indica, resistência ao nome de mulheres à cúpula do Judiciário, a Magistrada angariou muitos adeptos, inclusive com o peso do apoio de personalidades fortes no âmbito nacional e regional, a exemplo da Deputada Rosa Neide (PT)”.

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Pontuaram ainda a atuação da juíza no debate para impedir o trâmite do Estatuto do Nascituro, que obriga a gestação mesmo nos casos de estupro, por sua contribuição acadêmica e por já ter sido redatora de inúmeros projetos de lei já apresentados à equidade entre mulheres e homens.

 

“Continuamos na defesa de seu nome, por acreditarmos e creditarmos à juíza Dra. Amini Haddad uma história de vida dedicada admirável, que orgulha todas nós do movimento de mulheres. É exemplo incansável no combate às vulnerabilidades sociais, auxiliando vidas, ao longo de seus 30 anos de atividade pública. […] Por isso, estimado Presidente Luiz Inacio Lula da Silva, é com esperança que reiteramos nosso apoio à Magistrada Dra. Amini Haddad Campos, ao Supremo Tribunal Federal”.

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Lucas do Rio Verde

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