De acordo com a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), uma pessoa está presa preventivamente na Penitenciária Major Eldo de Sá Corrêa, em Rondonópolis, e a outra está foragida, que consta como proprietária da empresa que vendeu os equipamentos.
Conforme as investigações da Derf, o foragido atuava como laranja da empresa que vendeu os equipamentos.
A prefeitura teria gasto mais de R$ 4 milhões na compra dos respiradores. Desse valor, foram recuperados até agora R$ 3 milhões.
A delegacia informou que não foram encontrados indícios da participação de servidores do município na falsificação dos equipamentos ou na negligência dolosa no ato da entrega dos aparelhos pelo fornecedor.
Os respiradores foram comprados pela prefeitura em abril para atender pacientes graves da Covid-19 no município. Após negociações, uma equipe da Prefeitura de Rondonópolis foi até a Goiânia para buscar os aparelhos.
Antes de fazer o carregamento, foram feitas fotos dos equipamentos e encaminhadas para a Secretaria de Saúde, sendo demonstrados pelos adesivos que se tratavam dos ventiladores pulmonares.
Desta forma, o pagamento foi efetuado pela prefeitura, porém, quando os equipamentos chegaram, na quarta-feira (22), na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) foi constatada falsificação, pois se tratavam de monitores com aparência de respiradores, sendo colocados adesivos e manuais como sendo de respiradores.
Antes que a equipe da prefeitura descobrisse a fraude, um representante da empresa entrou em contato com a UPA solicitando para que não abrissem as caixas dos aparelhos até o dia 4 de maio, ocasião em que um autorizado viria até a cidade para a instalação dos equipamentos.
No entanto, antes do prazo estabelecido pela empresa, foram constatadas as irregularidades pela secretaria, que denunciou o caso.
O prefeito José Carlos do Pátio disse que um representante da empresa que teria vendido os equipamentos falsos foi até o município, na semana passada, para fazer uma proposta para entrega de respiradores verdadeiros num prazo maior, tendo em vista a pouca oferta do produto no mercado mundial.
No entanto, José disse que não aceitou o novo prazo, o qual não foi divulgado. A empresa, então, se prontificou a apresentar nessa quinta-feira (30) uma nova contraproposta.
TEXTO: G1 MT