Search
Close this search box.

CIDADES

Mãe chora e denuncia horas de descaso em hospital de MT; filha nasceu morta

Publicado em


Legenda: FOTO E VÍDEO- REPORTER MT

Uma mulher denunciou o Hospital Santa Casa de Rondonópolis (212 km de Cuiabá) por negligência, após sofrer complicações no parto e sua filha morrer no momento do nascimento. A criança, que se chamaria Manoela, foi sepultada na sexta-feira (22).

 

Em um vídeo gravado a mãe detalha que toda a gestação teve acompanhamento médico por ser diabética tipo 1. A mulher conta que entrou na maternidade, passando mal, às 14h e o parto só foi feito às 21h e em todo esse momento ela passou mal, gritava de dor, com febre e perdendo líquido.

 

Na gravação ela chora e lamenta: "Foi um pesadelo na miha vida, minha primeira filha. Não quero que aconteça isso com outra pessoa. Isso não pode mais acontecer".

 

Ela continua dizendo que em todos os exames e ultrassonografias que ela fez, a sua filha estava sem qualquer alteração.

 

“Eu sou diabética tipo 1. Várias vezes fui internada por conta das complicações da diabetes, mas nada tinha acontecido com minha filha, ela sempre estava bem protegida. Ela estava crescendo bem, estava tudo certo”.

Anúncio

 

 

Em nota, a assessoria da Santa Casa afirma que “a equipe multidisciplinar fica consternada e sensibilizada com tal acontecimento e compreende as dores das perdas, as glórias das recuperações e alegrias dos tratamentos que ocorrem dentro da nossa instituição”.

 

Veja a nota completa:

 

                                                                         

 

Toda a equipe multidisciplinar fica consternada e sensibilizada com tal acontecimento e compreende as dores das perdas, as glórias das recuperações e alegrias dos tratamentos que ocorrem dentro da nossa instituição.

 

Leia Também:  Carreta cai de ponte na Avenida Bandeirantes e motorista é encaminhado ao hospital

A Santa Casa Rondonópolis vem a público com o compromisso de manter a transparência em suas ações e responder a sociedade em que está inserida que em nenhum momento houve “negligência”, ou seja, não houve falta de assistência médica ou de enfermagem durante todo o processo de internação e/ou intervenções. Realizamos milhares de partos normais e cesarianas durante o ano, de pacientes de alto risco (com risco iminente de morte materna e/ou fetal) e a intenção sempre é que 100% de nossas pacientes atendidas tenham o melhor desfecho possível para preservar vidas (binômio mãe-feto).

Anúncio

 

Em um ano atípico, de pandemia, entendemos que vários fatores contribuíram para o aumento considerável dos partos de alto risco e para todos eles nossa equipe está estruturada e equipada física e com profissionais qualificados e certificados para o cuidado das gestantes de Rondonópolis e toda a região sudeste e sul de Mato Grosso.

 

Analisando globalmente o caso clínico, é importante lembrar que ao cuidar do binômio (mãe-feto), temos que nos atentar quanto:

 

1) O período normal de qualquer gravidez, entre o intervalo de 37 semanas até 42 semanas. Antes desse período, chamamos de prematuridade, e;

 

2) A análise laboratorial e estabilização clínica da paciente para que houvesse condições de sobrevida e diminuição da morbi-mortalidade no pós parto imediato.

 

A gravidez nas mulheres com Diabetes Tipo 1 está associada a aumento de risco tanto para o feto quanto para a mãe. Antes da concepção, a prioridade é normalizar a glicemia para prevenir malformações congênitas e abortamentos espontâneos. Com o progresso da gestação, a mãe tem um risco aumentado de hipoglicemias e cetoacidose. Mais tarde, existe risco de piora na Retinopatia, Hipertensão Induzida pela gestação, Pré-Eclâmpsia-Eclâmpsia, Infecções de trato urinário e polidrâmnios. No final da gestação, existe o risco de Macrossomia e Morte Súbita Intra-Uterina do feto.

Anúncio

 

Leia Também:  Fake News em Lucas: Áudio de pai chorando por supostamente ter a filha desaparecida, é falso

Infelizmente, neste caso, a mãe apresentava uma doença grave, denominada Cetoacidose Diabética, que é uma emergência clínica caracterizada por deficiência absoluta ou relativa de insulina com consequente hiperglicemia, aumento de corpos cetônicos na corrente sanguínea (cetonemia) e acidose metabólica, que tem dentre os sintomas: náuseas, vômitos, dor abdominal e pode evoluir para edema cerebral, coma, morte e por diversas semanas esteve internada na Santa Casa Rondonópolis para que houvesse condições de estabilidade em seu quadro clínico, o qual foi cuidadosamente acolhida e atendida por toda a nossa equipe.

 

O serviço de Obstetrícia e Ginecologia (Maternidade) da Santa Casa Rondonópolis, funciona 24 horas por dia em regime de plantões sucessivos e atendeu uma média de 50% a mais de mulheres com gravidez de alto risco de 2019 para 2020. Temos um consultório no Pronto Atendimento da Maternidade (5º andar) equipado para assegurar o atendimento e dar conforto e segurança para todas as pacientes que nós assistimos.

 

O plantão funciona com dois ginecologistas e obstetras (24 horas/dia) e mais um médico visitador (7 às 13 horas), todos com especialidade médica e que possuem RQE devidamente cadastrados no Conselho Regional de Medicina (CRM-MT).

 

Trabalhamos sempre com ética e comprometimento com nossas pacientes, procurando dar o melhor atendimento possível para o binômio (mãe-feto) e mesmo atendendo diariamente pacientes de alto risco e reconhecendo a gravidade dos casos que chegam ao hospital, não deixamos de nos sensibilizar com situações como a que esta família vem enfrentando.      

Fonte: REPORTER MT

Anúncio

“>

COMENTE ABAIXO:
Anúncio
Clique para comentar

Você precisa estar logado para postar um comentário Conecte-se

Deixe uma resposta

Lucas do Rio Verde

MAIS LIDAS DA SEMANA