Em encontro com o chanceler alemão Olaf Scholz, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) citou a entrada do Brasil e o fortalecimento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
“Primeiro, o Brasil é um país que tem vocação de participar de organizações multilaterais. O Brasil tem interesse em participar da OCDE, mas queremos saber qual será o papel do Brasil na organização. Nós temos que discutir”, afirmou o presidente.
“Estamos dispostos a discutir outra vez e saber quais são as condições de uma entrada de um país do tamanho do Brasil na OCDE”, continuou
O presidente também citou procurar o fim do garimpo ilegal, e mencionou o caso dos Yanomamis. Segundo ele, o governo de Jair Bolsonaro (PL) é responsável pela morte dos povos indígenas. “O governo brasileiro irá acabar com o garimpo ilegal”, disse.
Os dois se reuniram por uma hora e meia a sós e, em seguida, participaram de uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (30) em Brasília. Outros líderes governamentais participaram do encontro, como a ministra do Meio Ambiente Marina Silva.
A OCDE é uma organização econômica intergovernamental que preza pelo desenvolvimento econômico, e possui países com altos níveis de indicadores sociais. Hoje, a organização conta com 36 membros, com uma maioria europeia.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia citado a entrada do Brasil na organização. Durante sua passada no fórum econômico de Davos, o país pode fazer mudanças no pedido de adesão ao grupo.
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“O Brasil já participa muito da OCDE. Essa aproximação está acontecendo naturalmente e agora vou ver com o Itamaraty e a Presidência da República os próximos passos”, disse.
Guerra na Ucrânia
Lula também citou a Guerra na Ucrânia, e defendeu o fim do conflito entre os ucraniânos e a Rússia. O petista sugeriu uma maior pressão dos chineses, para a criação de novas concessões que possam colocar um fim ao conflito.
Segundo o presidente, embora a Rússia tenha “errado” em atacar o país, “quando um não quer, dois não fazem”.
A Europa inteira passa a ser vítima com o aumento do conflito nos países, disse o presidente. “Então, o [Brasil] tomou uma decisão”, disse. “É por isso que não queremos que esta munição seja usada na Guerra contra a Rússia.”