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Teto de gastos e eleições nos EUA derrubam mercado nesta semana

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A semana do mercado financeiro foi daquelas para se esquecer. Tanto o Ibovespa quanto dólar fecharam a segunda semana de novembro com dados negativos , na esteira de declarações sobre a responsabilidade fiscal no Brasil e a s indefinições sobre as eleições para a Câmara dos Deputados e Senado nos Estados Unidos .

A Bolsa de Valores de São Paulo registrou queda de 4,72% e fechou a semana pouco acima dos 112 mil pontos. O índice negativo foi impulsionado pelas fortes quedas registradas na segunda-feira (2,4%), quarta-feira (2,2%) e quinta-feira (3,3%).

Nesta sexta-feira (11), o Ibovespa encerrou o dia com alta de 1,9%, com 112.010.

Já o dólar apresentou alta de 3,64% no acumulado da semana e está cotado a R$ 5,33. A moeda norte-americana teve sua maior alta registrada na quinta-feira (10), quando disparou quase 4%. Na segunda, a moeda também apresentou forte crescimento de 2%.

A reação do mercado foi provação por movimentos internos e externos que geraram desconfianças sobre o controle fiscal e viabilidade política no Brasil e nos Estados Unidos.

No cenário externo, o mercado apontou as incertezas sobre as negociações entre a nova Câmara dos Deputados dos EUA e o presidente Joe Biden. Chamada de Câmara dos Representantes, a Casa deve contar com maioria republicana, contrariando os anseios do presidente democrata.

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Enquanto os Democratas perderam 7 cadeiras, os Republicanos ganharam 9, dificultando a tramitação de propostas do governo Biden. No Senado, porém, o formato deve ser diferente e os Democratas devem manter uma maioria apertada, contatando com a vice-presidência Kamala Harris para dar os votos de minerva.

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No Brasil, enquanto isso, o mercado se assustou com as declarações do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o teto de gastos, que limita as despesas da União. Na quinta-feira, Lula afirmou não ver motivo para manter a medida e disse que a regra prejudica os mais pobres.


O teto de gastos é visto pelo mercado como âncora fiscal que evita o maior endividamento do país e aumenta a confiança nos investimentos. Durante a campanha, Lula havia sinalizado a manutenção da regra, mas confirmou que faria pequenas alterações. A possibilidade de Henrique Meirelles assumir o Ministério da Fazenda também animou o mercado, mas o próprio ex-ministro disse não ser candidato a comandar a pasta.

Nos últimos dias, passou a se especular que a aprovação da PEC da Transição, que garante os pagamentos do novo Bolsa Família de R$ 600 no próximo ano, deve segurar a regra do teto de gastos por mais dois anos. A equipe econômica nomeada para a transição de governo, liderada por nomes ligados ao vice Geraldo Alckmin e PT, devem apresentar uma proposta de mudança na regra quando for nomeado o ministro da Fazenda.

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Para acalmar o mercado, a equipe de Lula cobra que ele apresente um nome para a pasta. O petista ainda está resistente e estuda se vai optar por um economista que agrade o mercado ou a cúpula do PT.

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Fonte: IG ECONOMIA

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