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CORPORATIVISMO DO BISTURI: CRM absolve médica bêbada que atropelou e matou verdureiro em Cuiabá

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A médica Letícia Bortolini, que atropelou e matou o verdureiro Francisco Lúcio Maia, 48, foi absolvida pelo Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM -MT) no processo disciplinar que apurou a conduta étnico-profissional dela por negligência e omissão de socorro. Letícia era investigada por, em tese, ter infringido o Código de Ética ao não prestar socorro à vítima.

 

 

O julgamento foi realizado na terça-feira (23). Ainda cabe recurso.

 

A decisão segue parecer prévio, elaborado pelo setor jurídico do CRM, que apontou que a atitude de Letícia não feriu o Código de Ética porque o verdureiro não estava em atendimento e nem era seu paciente. Em um vídeo publicado nas redes sociais, a médica afirma que não parou o carro porque não percebeu que havia atropelado uma pessoa.

 

 

“Eu não parei, eu ouvi o barulho e vi o retrovisor caindo, eu não vi uma pessoa. Minha ideia era chegar em casa e ver o que aconteceu (…) Isso não me torn bandida, não me torna assassina, isso é uma decisão que numa fração de segundo tem que tomar”. O vídeo foi divulgado um dia após o juiz Flávio Miraglia, da 12ª Vara Criminal, decidir que Letícia enfrente o júri popular pela morte de Francisco.

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Ela responde por homicídio qualificado, dirigir embriagada, fugir do local do acidente e omissão de socorro. O CRM disse que não comenta sobre a tramitação de sindicâncias ou processos éticos em respeito “à privacidade das partes envolvidas”.

 

 

Informações só são repassadas pelo conselho quando há alguma punição pública. Procurados pela reportagem, os familiares da vítima e o advogado não se manifestaram sobre a absolvição.

 

 

O acidente que matou Francisco Lúcio Maia ocorreu no dia 14 de abril de 2018, na avenida Miguel Sutil, em Cuiabá. Ele tentava atravessar a avenida com o carrinho de verduras, quando foi atingido pelo veículo conduzido pela médica, que voltava com o marido de uma festa.

 

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Uma testemunha que presenciou o acidente seguiu a médica e acionou a polícia. Letícia se negou a fazer teste de bafômetro, mas os policiais atestaram o estado de embriaguez.

 

 

Ela foi presa, mas 3 dias depois conseguiu um habeas corpus no Tribunal de Justiça.

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Lucas do Rio Verde

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